No último final de semana visitei a 8ª Edição da Íntimo Expo, uma exposição voltada ao mercado erótico que acontece anualmente em São Paulo. Ao final da feira eu só pensava em uma coisa; como é bom termos a liberdade de ser o que somos, querer o que queremos e podermos expressar isso sem pudores.
A feira reúne grande empreendedores do mercado erótico brasileiro e, dentre eles, alguns produtores de acessórios BDSM muitos usados em nossas adoráveis sessões. Dentre os múltiplos estandes que se dedicavam a mostrar roupas eróticas, géis, consolos de diversos tamanhos e formas, sugadores de clitóris, plugs anais etc. havia estandes dedicados à produtos BDSM, floggers, algemas, restritores entre outros. Porém, o melhor de tudo isso era ver a diversidade e a curiosidade das pessoas que denominamos baunilhas para experimentar coisas que são do nosso mundinho. Era nítido o interesse de mulheres e homens de diferentes idades ao ver uma Domme andando com seu Bottom de coleira e pouca roupa ao longo da festa. Os olhares interessados ao ver Tops vestidos de couro ou látex andando pela feira.
Em determinados momentos e espaços havia cenas BDSM como fire, spanking, wax e era delicioso de ver como as pessoas viam essas práticas com olhar de curiosidade e não de repulsa. Era um espaço de completo não julgamento, como deveria ser a sociedade. Senhoras mais velhas maravilhadas com dildos de diferentes tamanhos, casais juntos escolhendo acessórios para usarem para apimentar sua relação. Os comentários sem maldade sobre as práticas realizadas, os produtos sendo vendidos e expostos. As palestras que quebravam completamente o tabu em relação a diversas práticas, desejos e desmitificando o estigma que é trabalhar e viver do mercado erótico.
Acredito que a feira ilustrou o que deveria ser nossa sociedade: livre, curiosa, aberta e sem preconceitos. Há meses eu falo sobre a importância de termos uma postura não julgadora e de experimentação a novas experiências e, na feira podemos ver mulheres com os olhos brilhando ao ver o Dom Barbudo em uma sessão de Spanking e fazendo filas para serem atadas e levarem uma amostra de um spanking com floggers na bunda e nas costas. As caras e bocas eram impagáveis. Pessoas constatando que aquilo realmente não era para elas enquanto outras, tenho certeza, iriam sair dali procurando mais informações sobre.
Experimentem, sem medo. E se persistirem os sintomas, procure o terapeuta mais próximo.
AUTOR:
DR PSI
Psicólogo, especialista em terapia cognitivo-comportamental, psicopedagogia clínico e institucional e atualmente especializando em neurospicologia. Sempre fui interessado no mundo do BDSM, com a primeira experiência por volta dos 19 anos. Atualmente interessado em disseminar esta cultura em seus diferentes aspectos e as influências psicologias que estão atreladas.
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