Olá povo do fetiche, como vocês estão?
Hoje vamos falar de uma das práticas mais legais do BDSM, a “servidão doméstica”, ou escravidão doméstica, como algumas pessoas também chamam!
Então já sabem ne? Cafézinho na mão, e bora curtir a leitura!
Quem assistiu minha live sobre não monogamia, vai lembrar que eu falei um pouquinho como nasceu o “patriarcado”. E quando falo de patriarcado, não estou entrando na questão da militância feminista tá? Estou falando do sistema social onde o homem é tido como o “provedor”, enquanto a mulher tem a “função” de ficar em casa “cuidando da casa e da família”, isso é uma estrutura que, se perpetuou por quase todo o mundo ocidental.
Eu nem preciso dizer que, somente por essa característica, colocar uma pessoa que não seja do gênero feminino na posição de servente doméstico, já é, por si só, uma certa “quebra de paradigmas”, uma vez que, destitui o local comum que o patriarcado instituiu.
99% dos submissos homens quando pensam em submissão, logo vem às suas cabeças, chicote, algema, corda de alpinista (kkkk), porém se esquecem que, uma das coisas mais bonitas da submissão, está sendo negligenciada, que é a servidão.
*Servir vai muito além do erótico, servir consiste em cuidar, em zelar, em preservar*. E é aqui, que a servidão doméstica encanta Tops homens gays, e Tops mulheres.
Muita gente vai me dizer “ah Sra Storm mas eu não sinto prazer em varrer um chão”, e eu concordo com vocês que eventualmente varrer um chão pode não te deixar excitado, até mesmo por que é comum que o serviço em si não seja algo que causa excitação, porém, o resultado do serviço sim, pode ter certeza que isso lhe deixará excitado pois você estará “agradando” seu/sua Mestre!
Lembre-se que, um serviço doméstico tem em si, prioritariamente uma ordem, ou seja, dominação pura! E isso, já trás muitos componentes de uma relação BDMS.
Agora, lembre-se de um pequeno detalhe – se oferecer para ser um serviçal doméstico, quer dizer que você quer ser um serviçal doméstico! Não espere oferecer seus serviços “em troca” de Ds. O BDSM não trabalha com escambo. Tops sérios não “trocam” práticas e sessões. Ou a gente monetiza, ou a gente faz por real interesse naquele submisso ou submissa!
Dentro do universo da servidão doméstica, temos um mundo de possibilidades, que não necessariamente estão relacionados com lavar, passar e cozinhar. Às vezes, cumprir determinados afazeres semanalmente, ou até mesmo mensalmente, já podem fazer parte da dinâmica de servidão.
Chegou à conclusão que esse é o seu rolê dentro do BDSM? Excelente! Mas por onde começar né?
Bom, existem muitos Dons e Dommes que possuem sites e, nesses sites existem formulários de inscrição para ser serviçal doméstico, ou, caso você se depare com um Dom ou uma Domme que não tenha um site mas você sinta essa vontade, externe! Mostre, converse, ofereça seus préstimos!
Mas nunca se esqueçam – ser serviçal não te faz posse desse Top ou dessa Top! E caso vocês tenham um contrato exclusivamente de prestação de serviços domésticos, ele (ou ela) não tem dominância nenhuma, por nenhuma esfera da sua vida!
E antes de você torcer o nariz dizendo que isso não é pra você, não se esqueça 9, entre 10 Tops, apreciam e valorizam um bom serviçal!
Hidratem-se e até sexta!
Sra Storm
AUTORA
SRA STORM
Terapeuta sexual e praticante de BDSM. Sádica e voyeur assumida, suas práticas preferidas são as de caráter mais psicológico porém, se encanta também por práticas como Wax Play, Flogging, Branding, Castidade e Inversão e algumas outras pequenas perversões!
Instagram: @darkroomcla com conteúdo instrutivo da subcultura Kink e BDSM.
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