CRACHÁ BDSM – O RETORNO

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Olá danadinhos e danadinhas, vocês estão bem?

Bom, hoje eu vou continuar o papo que começamos na terça feira sobre a tal da “necessidade” de ser reconhecido como BDSMer, como se isso fosse alguma característica de superioridade entre as espécies!

E hoje quero provocar o pensamento no sentido de: será que “usamos BDSM” ou realmente “somos BDSMERS”?

Se você conversasse comigo no começo da minha caminhada, eu provavelmente diria que as pessoas “são” BDSMers, usei inclusive durante muito tempo, a expressão que o BDSM era um “estilo de vida”.

Hoje, depois de alguns anos, depois de um certo nível de amadurecimento como pessoa e até mesmo como praticante de BDSM, eu pondero de forma muito diferente essa questão!

Acredito que “ser”, “fazer”, “estar” e “usar” são verbos que dizem muito a respeito da nossa existência como seres humanos.

Ninguém é nada, além de si mesmo!

A gente quando muito, pode estar alguma coisa, assim como podemos fazer algumas coisas, ou usarmos algumas coisas, que podem vir a complementar nossa existência como um todo!

Nosso inteiro, é um grande quebra cabeça de fragmentos!

Agora vamos aos fatos …

Imaginem uma dupla que tem uma dinâmica Ds restrita à transferência nos moldes EPE.

Para quem não sabe ou não se lembra, EPE é a transferência somente da esfera erótica, o que não quer dizer “somente sessão” ok? O Top pode controlar a esfera erótica do bottom mesmo não estando em sessão! (Se vocês quiserem eu posso explicar isso qualquer dia!)

Agora, me digam, na opinião de vocês essas duas pessoas “são” BDSMers ou estão “usando” BDSM numa parte de suas vidas?

Existe esse (pré)conceito de que para você SER BDSMer você “necessariamente precisa” estar imerso numa TPE 24/7, num regime de escravidão! Ou até mesmo aquela velha discussão do ”ter ou não ter sexo, eis a questão!?”

E gente … por favor, não!

Até mesmo por que, mesmo nessas condições, mais abrangentes, vamos dizer assim, você continua fazendo uso dos instrumentos que o BDSM te dá para a realização do seu fetiche!

Na minha opinião essa “necessidade de ser” associada com a falta do entendimento do “fazer uso” é que gera essa cobrança/preconceito tão presente hoje na nossa comunidade.

No final do dia, todos somos seres humanos que abrimos uma caixinha de Pandora, que é o BDSM, e dentro dessa caixinha vamos buscar o que nos ajuda a descobrirmos, entendermos e vivermos nossas sexualidades.

Hoje você pode usar da hierarquia do BDSM para expressar sua sexualidade, amanhã pode não usar! E daqui há alguns anos voltar a ter! E um dia decidir deixar tudo isso de lado.

Vocês vão me dizer que se isso acontecer você “é” ou “deixa de ser”? E essa condição de “deixar de ser” ainda te coloca numa posição de inferioridade?

Vocês conseguem perceber como esse julgamento, ou essa necessidade de rotulagem, só faz mal para a comunidade como um todo?

A partir do momento que, impomos a condição de que as pessoas “precisam ser” algo, dentro de uma perspectiva pessoal, mais vamos cerceando comportamentos!

Eu disse no texto de terça e repito hoje, o BDSM é um jogo, e como um jogo, tem suas regras muito claras. Se você se adequar a essas regras, beleza! Viva o BDSM de forma leve e fazendo jus ao seu propósito inicial, que é o de satisfação, realização e prazer!

No mais, que tal todos nós nos unirmos para um jogo mais saudável?

Hidratem-se!
Masturbem-se!

E até a semana que vem!

Sra Storm

AUTORA: SRA STORM

Chef de cozinha e empreendedora da área de alimentos e no BDSM Top dedicada às práticas de Wax Play, Flogging, Branding, Castidade e Inversão e algumas outras pequenas perversões!Instagram: @darkroomcla com conteúdo instrutivo da subcultura Kink e BDSM.

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