Olá danadinhos e danadinhas, todos bem?
Hoje quero trazer pra vocês uma das práticas que mais me chama a atenção!
Uma prática onde as pessoas podem externar tudo de mais “primitivo” que elas tem, sim, estou falando de Primal!
Então bora entender?
O Primal, ou “jogos primitivos” como chamamos aqui no BDSM, é uma forma de se jogar que lida com as emoções e sentimentos, inclusive eróticos, de forma mais animalesca.
Quando digo animalesca, eu quero bem dizer ao pé da letra, pois o Primal não é somente uma “luta sexual com pegada mais forte”, o Primal é animalesco no sentido de trazer à tona o instinto mais básico de sobrevivência do animal que reside dentro de cada ser humano jogador.
Os Primals se despem dos protocolos de civilidade e também dos acessórios costumeiramente utilizados, e usam como instrumento aquilo que melhor lhes pertence e eles conhecem, ou seja, a totalidade de seus sentidos e corpos.
Pele, cabelos, unhas, dentes, força física, ou seja, tudo que seja inerente por definição de bicho Homem, passa a ser instrumento de um jogo Primal.
O jogo em si consiste numa “caçada” onde o predador vai à caça e captura de sua presa, tomando-a pra si, como um “take down”.
Como estamos falando de dois “bichos” brigando, durante a caçada é muito comum a emissão de grunhidos, o uso do olfato “farejando”, as unhas arranhando, os dentes rangendo e mordendo etc …
Como podemos perceber, o Primal pode se mostrar um jogo absurdamente sexy e passional, ainda mais, quando levamos em consideração, todo aprofundamento dos sentidos e sentimentos envolvidos.
Uma característica que muito me chama atenção no Primal, é que ele pode desencadear na presa o medo e, para mim especificamente, perceber o medo, sentir o cheiro do medo, ver a cor do medo nos olhos da presa é absurdamente excitante, chegando até a dar água na minha boca.
Nem todo mundo gosta de jogar na seara do medo alheio. Justo! Mas para aqueles que se acomodam bem a esse sentimento, o Primal provê realização.
Na contramão do Pet Play, que traz consigo a delicadeza dos puppies, dos kittens, o Primal traz a agressividade dos bichos mais “encorpados” da natureza.
No Primal, o predador quer dominar e a presa, que também embate. Não há violência em seu sentido mais abusivo e não foge da consensualidade. Ninguém entra num embate Primal sem querer!
No Primal, os jogadores se despem de suas máscaras sociais e performáticas e dão lugar ao cru, ao intenso, ao instinto, ao visceral, ao indizível e quase inaceitável aos olhos leigos.
É uma briga?
É uma rinha de humanos?
É luta livre?
Não! São somente dois Primais se divertindo!
Hidratem-se
Sra Storm
AUTORA: SRA STORM
Chef de cozinha e empreendedora da área de alimentos e no BDSM Top dedicada às práticas de Wax Play, Flogging, Branding, Castidade e Inversão e algumas outras pequenas perversões!Instagram: @darkroomcla com conteúdo instrutivo da subcultura Kink e BDSM.
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