Olá povo do fetiche! (Usei isso no meu canal do Telegram e gostei 😬)

Como vocês estão?

Vamos falar um pouquinho sobre o FemDom?

Então, se serve do cafezinho e bora prosear …

A maioria das práticas BDSM se aplicam tanto à dominação masculina como à dominação feminina, à exceção gritante de algo chamado “inversão de papeis” que vem sendo considerado como a humilhação do ser masculino.

A grande diferença entre a dominação feminina e a dominação masculina é que, a primeira refuta o comportamento do patriarcado, tão amplamente enraizado na nossa cultura enquanto a segunda não necessariamente se preocupa com essa característica, uma vez que, na dominação masculina, o bottom feminino não se vê contrario aos padrões patriarcais existentes no mundo baunilha e que eventualmente, as vezes, pode até mesmo ser trazido para o BDSM, mesmo nas relações entre pessoas do mesmo sexo (homem e homem) não necessariamente existe a quebra da cultura patriarcal.

Já a dominação feminina sobre o ser masculino traz como pano de fundo, o que se conhece atualmente como “Supremacia Feminina”, o que, numa sociedade que tem o patriarcado como base, é costumeiramente considerado como ponto de humilhação, ainda que o propósito da dominante seja apenas a submissão, o homem submisso quase sempre se sentirá inferior a uma mulher e, por consequência, humilhado.

O sexo e, algumas formas de interação entre os seres humanos, ainda é, de certa forma, considerado um grande tabu nas sociedades e a ascensão do sexo masculino ao feminino é parte e componente fundamental desse tabu.

Todo esse aspecto faz com que a dominação feminina seja extremamente instigante, não só para quem recebe, mas também, e principalmente, para quem cede o poder.

Não importa como essa dominação seja praticada, ela ainda é vista como algo que subverte os padrões previamente ‘aceitos’ sendo que a dominação feminina encerra de forma muito sutil esse comportamento padrão.

Há um caráter porém, muito evidente que se mostra quando falamos de dominação feminina, que eu acredito nesse caso, nos levar equivocadamente para o ponto da afetividade que é o simbolismo ‘matriarcal’ da mulher.

Embora na dominação feminina exista sim uma característica mais maleável no que pese o emocional da posse, dizer que existe automaticamente um vínculo de afetividade, simplesmente pelo ser dominante ser do sexo feminino, é, na minha opinião bastante equivocada.

Todos os seres humanos, homens ou mulheres, são suscetíveis à afetividade.

Evidentemente que homens e mulheres ouvem a mesma coisa, porém interpretam os signos linguísticos de forma diferenciada, pensam, agem e reagem por caminhos diferentes. Em sua grande maioria homens tendem mais ao racionalismo e mulheres à emoção, tanto que, mesmo em sociedades com mulheres em destaque, uma mulher que se diz racional nem sempre é bem vista.

Porém, entender a mente daquele que se submete, permite que se abram portas e gatilhos que podem ou não levar à mudanças, crescimentos e conquistas bastante significativos e, no que pese o caráter observatório, mulheres por serem mais emocionais conseguem, de uma forma menos analógica, entender essas nuances.

As sociedades mais primitivas, com raríssimas exceções eram igualitárias no sentido do homem e da mulher, não existia uma figura do macho sobrepondo a figura da fêmea.

Lá por volta do ano 2000aC, a maior parte das sociedades agrícolas desenvolvem novas formas de desigualdades entre homens e mulheres, num sistema geralmente chamado de patriarcal – com o domínio obviamente passando às mais dos maridos e dos pais.

As civilizações, de uma forma geral, aprofundaram o conceito de patriarcado e, nesse momento, também conhecido como a Era do Metal, o tal do patriarcado estabelece então a divisão dos gêneros.

A dominação feminina, que vem num crescente advento, traz consigo um certo ‘revival’ desse período histórico da não diferença entre os gêneros.

Se pensarmos em BDSM puramente em seus primórdios, lembramos que as práticas eram feitas em clubes masculinos homossexuais, ou seja, mulheres praticantes eram raridade quase que absoluta. Com a entrada da mulher no movimento, houve então o advento das submissas, nessa época, mulheres dominantes eram as coisas mais raras de serem vistas.

Nesse período ainda, as mulheres dominantes eram vistas somente como mais uma forma de fetichização e objetificação da mulher o que, causa então revolta entre essas mulheres dominantes, pois elas queriam ter o mesmo tratamento que os dominantes masculinos tinham, e elas também esperavam que seus bottoms masculinos se submetessem a elas na mesma forma e intensidade que os bottoms femininos se submetiam aos dominadores, elas não queriam portanto, ser mais uma forma de diversão masculina.

Não se pode negar que, movimentos que tentam derrubar essa caracteristica patriarcal da sociedade, foram as tábuas de salvação para que dominantes femininas fossem tiradas do antigo espectro “fetichizado” e alçadas à posição de dominantes assim como seus pares masculinos.

Existe uma corrente ainda, que leva o FemDom mais além na quebra ao patriarcado, e que considera a dominação como uma forma filosófica de resistência, para num futuro, dar ao BDSM cada vez menos, essa característica patriarcal que ele eventualmente carrega consigo.

Particularmente eu acredito que ainda seja um longo caminho para isso, mas, qual o motivo para nós mulheres dominantes não o trilharem?

Espero que vocês tenham gostado!

Semana que vem eu volto, com um assunto ainda mais provocativo!

Hidratem-se
Sra Storm

AUTORA

SRA STORM

Terapeuta sexual e praticante de BDSM. Sádica e voyeur assumida, suas práticas preferidas são as de caráter mais psicológico porém, se encanta também por práticas como Wax Play, Flogging, Branding, Castidade e Inversão e algumas outras pequenas perversões!
Instagram: @darkroomcla com conteúdo instrutivo da subcultura Kink e BDSM.

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