Acredito que está emoção é a mais “utilizada” dentro do contexto BDSM. Contamos com a ansiedade antes da cena, esperando que aconteça logo ou até mesmo aquele friozinho na barriga quando ouvimos os passos do top (ou até mesmo do bottom) chegar para mais uma sessão. A apreensão aparente, a tensão, a surpresa de algo novo, a vergonha das práticas de humilhação, a preocupação para ver se o bottom está bem ao longo da sessão etc etc etc…

Em todas essas situações nós temos variações do medo, em maior ou menor grau… E ainda tem gente que fala que dento do BDSM não há emoções. Grande erro. Toda vez que alguém fala isso, um divertidamente some, perdido nas memórias.

Já tenho um post aqui falando sobre ansiedade e como está funciona no nosso cérebro. Pois bem, isso não e muito diferente com o medo, afinal os mecanismos são os mesmos. Em resumo, temos uma área no nosso cérebro chamado amígdala que é responsável pela detecção de algumas emoções, dentre elas o medo. A detecção do medo por essa pequena região vai espalhar uma série de neurotransmissores ao longo de todo cérebro, mas principalmente na área frontal (a parte do nosso controle racional).

Nós temos três formas de lidar com a informação do medo em nosso corpo: lutando, fugindo ou congelando.

Podemos ver isso naturalmente no BDSM. O músculo tremendo de medo, o reflexo automático, em uma sessão de spanking, quando o corpo tende a fugir dos tapas, o pé retirando no bastindo, etc etc etc…

Ok, mas o que tudo isso quer dizer pra gente? De maneira geral, na psicologia das emoções nós temos a semântica emocional, ou seja, o que esses essa emoção está no dizendo quando ela aparece. O medo, assim como outras diversas emoções básicas querem nos proteger de eventuais ameaças. Quando temos medo, quando nossa amigdala percebe uma eventual ameaça, nós temos a tendência de lutar contra ela, fugir contra ela ou até mesmo congelar, quando o evento ameaçador e muito alto e/ou quando o medo e muito alto. A semântica do medo quer nos dizer que nós sentimos expostos, em perigo, vulneráveis, dentre outras falas que giram nesse sentido.

E como isso e visto dentro do BDSM? Como falei anteriormente, acredito que está e uma das emoções que são mais “aceitas” dentro da nossa cultura. O top gosta que o bottom sinta medo, que seu coração bata mais forte e rápido, a respiração descompassada e ofegante de medo, a apreensão de estar vendado, atento a qualquer estímulo, ao som ou reagindo a qualquer toque. Dentro do nosso contexto, temos até uma prática, o FEAR PLAY , queridinho da nossa Sra storm que existe um post aqui nesse site para quem quiser saber mais.

Se persistirem os sintomas, procure o terapeuta mais próximo

FEAR PLAY – POSTAGEM DA SRA STORM

AUTOR:

DR PSI

Psicólogo, especialista em terapia cognitivo-comportamental, psicopedagogia clínico e institucional e atualmente especializando em neurospicologia. Sempre fui interessado no mundo do BDSM, com a primeira experiência por volta dos 19 anos. Atualmente interessado em disseminar esta cultura em seus diferentes aspectos e as influências psicologias que estão atreladas.

APRESENTAÇÃO DA SÉRIE EMOÇÕES E BDSM

EXPECTATIVAS

DROGAS E BDSM

INDEPENDÊNCIA E SEXO

ESTEREÓTIPOS

MENAGE À TROIS

CASTIDADE

PODOLATRIA

TRANCADOS PARA FORA DO ARMÁRIO

ANSIEDADE

TERCEIRIZANDO O PRAZER

PENSE MENOS, TRANSE MAIS

POR QUE O TESÃO TE DEIXA “BURRO”?

ORGULHO E AUTOESTIMA

CIÚMES NO BDSM

SADISMO E EMPATIA

BDSM VIRTUAL

TESÃO

ALIENAÇÃO CONSCIENTE: ACEITANDO O QUE NÃO PODEMOS CONTROLAR

ALIENAÇÃO CONSCIENTE

PERSONA, PERSONALIDADE E BDSM

SOLIDÃO, SEXO E PANDEMIA

MIMADOS EMOCIONAIS

AUTOESTIMA

DECEPÇÕES CAUSADAS PELO BDSM

RAZÃO X EMOÇÃO

BDSM X PODER

EGO, ARROGO E BDSM

CUCKOLD: O PRAZER DA TRAIÇÃO

FARDAS: POR QUE DESSE FETICHE?

ANO NOVO. NOVAS PRÁTICAS?

EMPATIA NA CENA BDSM

MONEY SLAVE

CONCILIANDO A VIDA BAUNILHA E A FETICHISTA

AFTERCARE, UMA NECESSIDADE PSICOLÓGICA

PUNIÇÃO E RECOMPENSAS NO CONTEXTO BDSM

PUNIÇÃO E CASTIGO: COMO UTILIZAR

VERGONHA EM PRÁTICAS NÃO TRADICIONAIS

AUTOESTIMA E BDSM

AGE PLAY: LIBERTANDO A NOSSA CRIANÇA INTERIOR

QUAL O LIMITE DO FETICHE?

A ORIGEM DOS FETICHES

EXPERIÊNCIAS INFANTIS, FETICHES ADULTOS – PARTE 2: EXPERIENCIAS SEXUAIS

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PORNOGRAFIA VERSUS MUNDO REAL – PARTE 2

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Uma resposta

  1. O medo é uma das sensações mais primitivas do ser humano, e muito útil na nossa proteção. No entanto, não pode nos travar e impedir de seguir em frente… deve, isso sim, nos guiar no sentido da segurança e da nossa proteção. Mas, quando estamos na presença de pessoas sérias e responsáveis, o medo torna-se mais apreensão e ansiedade pelo desconhecido do que uma sensação ruim. Desta forma, tem papel super importante no BDSM, aguçando nossos sentidos e acrescentando um tempero especial à sessão.

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