PADDLING I CANING & CROPPING

Olá danadinhos! Hoje venho falar de 3 jogos de impacto que muitas vezes passam despercebidos de uma atenção especial: o Paddling, o Caning e o Cropping!

Paddling

O Paddling é basicamente o jogo com “paddles” que traduzindo são ‘raquetes’, ‘remos’ ou ‘palmatórias’.

Como eu disse já no nosso primeiro texto de Jogos de Impacto, dentro dessa “modalidade” encontramos 3 tipos de sensações possíveis: o sting, que é uma sensação mais aguda, parecida com uma agulhada ou uma ferroada; o thump, que é uma sensação mais esparramada da dor na pele, como se fosse um tapão e, o thud que é a sensação mais grave, mais centralizada, como se fosse uma bordoada.

E por quê isso é importante aqui novamente? Simplesmente porquê, dependendo do tipo de palmatória escolhida, a percepção de sensação do bottom é completamente diferente.

Quanto mais larga, mais pesada e mais rígida a palmatória, maior a sensação de tapão. E, quanto mais estreita, mais leve e mais flexível, mais agulhada será a sensação.

As palmatórias podem ser feitas de couro, borracha (que inclusive causam bastante dor 😬), inox (que requer muita prática no jogo), acrílico, silicone, bambu, plástico, e, a mais conhecida de todas, de madeira. Seu acabamento deve ser sempre bem feito, com pontas arredondadas, sem cantos cortantes, farpas ou rachaduras. Palmatórias com furinhos servem para melhorar a aerodinâmica do golpe porém, não devem ser utilizadas em golpes muito pesados pois, a pressão de sucção da pele no furinho pode vir a dilacerá-la desnecessariamente.

Embora o Paddling pareça o mais “fofo” dos jogos de impacto, ir com muita sede ao pote é o principal erro dos iniciantes. Portanto, treinar, é essencial!

Paddling é contra indicado para a região do cóccix, dos rins, da coluna, rosto, pescoço e, novamente, juntas corporais. Não existe uma “contra recomendação” do Paddling para a região genital ou peitoral porém, é muito importante que se tenha delicadeza e gentileza com os golpes nessas regiões.

Quando escrevi sobre os jogos de impacto, eu mencionei sobre a atenção às mãos e, novamente eu reforço o alerta, palmatórias nas mãos é bastante perigoso. Para que as mãos funcionem perfeitamente, é necessário que, tendões, musculatura, ossos e ligamentos trabalhem em conjunto, portanto, qualquer pequena lesão nessa região que não for rapidamente percebida e tratada pode fazer com que as articulações fiquem desde fracas até atrofiadas, causando assim, um dano permanente ao bottom. Desnecessário não é mesmo?

A melhor região para um bom Paddling foi, é e sempre será a parte carnudinha das bundinhas.

Caning

Agora o Caning …O Caning é o jogo com “varetas”. A palavra “cane” em si vem do francês, e significa bengala e, atire a primeira pedra quem nunca tomou uma bengalada desavisada da vó ou do vô, ou até mesmo daquela velhinha linda psicopata na fila do banco! 🤣

Brincadeiras à parte, é muito comum as pessoas com pouco conhecimento da prática, prestarem pouca atenção à sua cane achando que todas as canes são iguais. Ledo engano!

Antes de escolher uma cane, é essencial que se decida que tipo de sensação pretende-se entregar ao bottom. Quanto mais rígido, espesso e pesado for a cane, maior o efeito bordoada (thud) ao passo que, quanto mais fina, mais longa e mais flexível a cane for, maior a sensação de agulhada que ela proverá (sting).

Canes podem ser feitas de materiais naturais ou sintéticos, entre os naturais temos:

Vime: costumeiramente confundidos com bambu porém, o vime é envernizado com óleo de linhaça ou loção de polietileno que, além de manterem o vime saudável por mais tempo, evitam que ele resseque e se parta.

Bambu: o bambu é uma fibra natural sem finalização de verniz, ou seja, o tempo faz com que a vareta resseque e levante fiapos e cascas que podem vir a machucar o bottom desnecessariamente.

Cana: os menos comuns por aqui. São muito parecidos com vime porém não possuem as junções naturais da fibra.

Entre os sintéticos temos:

Fibra de vidro: costumam ser mais leves e mais fáceis de controlar porém, são contra indicados para golpes mais pesados pois o material de fibra de vidro pode causar queimaduras na pele dos bottoms.

Fibra de Carbono: menos flexíveis que o vime, as canes de fibra de carbono entregam a verdadeira agulhada! Lindo! Porém, possuem um pontinho negativo: devido a fibra de carbono ser um material bastante delicado, com o tempo entortam e, se não guardados direitinho, correm o risco de envergarem e quebrarem.

Plástico: sabe aqueles bastões de cola quente? Pois bem, não preciso dizer mais nada né? Bastante flexíveis e super fáceis de serem controlados são, para mim, Sra Storm, uma porta de entrada não tão cara para qualquer iniciante em Caning.

A forma como você vai aplicar a prática no seu bottom, também deve seguir sua escolha de sensações. Quer mais agulhada? Menos força e mais rapidez! Quer mais bofetada? Menos rapidez e mais força! Quer os dois? Alterne entre as formas de tempos em tempos!

Detalhe importante: a prática de Caning não pressupõe sangramento excessivo portanto, percebeu sangue escorrendo ou pingando, é porque já passou da hora de parar!

Cropping

E, por último, um dos meus queridinhos, o Cropping! Quase ninguém fala dele sozinho maaas, como eu gosto de equitação e da prática, eu falo! 😬

O Cropping é o jogo de impacto que utiliza um instrumento flexível, com um pedaço de uma pequena tira de couro em uma das pontas, isso mesmo! Uma chibata de cavalo, como chamam popularmente, porém, o nome correto é tala de equitação.

A tala é um excelente instrumento para carinho (sim carinho 😏), aquecimento ou punição genital. Óbvio que, deve ser utilizada com calma e parcimônia afinal, estamos falando da região genital do bottom.

Uma boa tala é sempre composta por um cabo revestido de material que assegure a firmeza da pegada (para que a tala não saia voando!); uma vara que é parte principal da tala na verdade, podendo ser feita de material natural (madeira, bambu) como de material sintético (fibra de vidro, fibra de carbono) e, pela ponteira que é aquele pedacinho que reveste a ponta da tala.

Sem dúvida nenhuma, adquirir uma tala é bem menos complexo que adquirir um bom flogger porém, mesmo assim, alguns pontos devem ser levados em consideração:

No cabo: a espessura, o comprimento (quanto mais longo mais habilidade na condução requer), material e textura; na vara: material, revestimento e comprimento, lembrando que, o revestimento é meramente estético! Corra de talas feitas de tubos de plástico! Segurança zero né? E na ponteira: escolher entre couro e borracha, formato e comprimento. Quanto mais rígido o material, mais intensa será a sensação causada.

Assim como qualquer prática de BDSM, o Cropping também precisa de treino. Se você não tem o hábito da prática equestre, sugiro treinar em um travesseiro ou almofada! Lembre-se que o treino lhe dará a segurança no manuseio o que, por consequência diminui drasticamente, a possibilidade de acontecer um acidente durante a prática.

E, para terminar, um pequeno detalhe: sabe aquelas fotos cheia dos fetiches que a gente vê por aí com aquele Top todo/a tesudo/a dobrando a pobrecita da tala? Pois é … isso é mídia enganosa viu? Talas são flexíveis por conta do manuseio, as talas não foram feitas para serem dobradas, isso só vai estragar o seu brinquedo … e ninguém quer estragar nada né? Nem o brinquedo brinquedo, nem o brinquedo humano!

Os locais de aplicação, de quaisquer desses três jogos seguem o mapinha de Anatomia do Spanking que você pode consultar aqui no site na nossa primeira publicação sobre Jogos de Impacto e, os cuidados do aftercare não deixam de ser muito importantes pois, vergões hão de se levantar na pele do bottom! E que assim seja! 😈

Bom, por hoje é só, semana que vem eu volto com mais perversões!

Bom final de semana a todos!

Sra Storm

AUTORA: SRA STORM

Chef de cozinha e empreendedora da área de alimentos e no BDSM Top dedicada às práticas de Wax Play, Flogging, Branding, Castidade e Inversão e algumas outras pequenas perversões!Instagram: @darkroomcla com conteúdo instrutivo da subcultura Kink e BDSM.

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