Fiquei ali sentado com a minha roupa de trabalho, apenas esperando a mensagem no celular com as instruções | Relato – Fetichista 190 – Capítulo 2

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Destino inevitável.

Lembro-me deste dia com toda força, pois foi dia em que soube que não conseguiria mais voltar atrás. Eu pensava no Mestre Tora todos os dias e os sonhos eram mais recorrentes. Eu já havia sido entrevistado sem saber pelo Mestre Tora que criou toda a armadilha. Ao perceber que eu estava pronto para conhecê-lo pois estava completamente imerso na situação em que ele me pôs, dia após dia, me deixando cada vez mais preso à ele, mais dependente dele, eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser falar com o Mestre Tora, finalmente ele veio com o convite para o meu inevitável destino.

Prontamente o Mestre Tora veio com toda a cena preparada informando que combinou com um amigo e que apenas precisava que eu fosse até o encontro deles. Eu achei aquilo tão rápido. Ainda me sentia despreparado. Lembro-me que o coração veio à boca e segurei forte no celular para controlar minhas mãos trêmulas. Eu comecei a indagar o que aconteceria, quem era aquele amigo, o que de fato estava acontecendo. Da parte deste que conversava comigo nada tive como resposta. Apenas poucas orientações.

Quando eu demonstrava preocupação ou queria deixar claro alguns limites, ele apenas ria. Eu fazia perguntas sobre a segunda pessoa, quem era, como era, onde iríamos, quanto tempo ficaríamos e… Nada…! Meu medo começou a ficar tão latente que eu confessava que não iria conseguir e que eu precisava saber detalhes. Eu insistia em lembrá-lo que eu não sou experiente. Mas, mais uma vez, silêncio.

Cada vez que eu tinha silêncio como resposta, mais meu corpo queria descobrir. Corpo e mente travando uma dura batalha. Batalha esta que já sabíamos quem seria o vencedor. Ele, o Mestre Tora que já ganhara meu corpo e minha mente sem que eu notasse. Nas minhas crises de preocupação mais profundas, àquelas em que entrava em contato e desistia, eu tinha silêncio de volta. Todas as vezes em que eu dizia que não queria mais pois era muito para mim, pedindo desculpas, pois eu iria me afastar e sumir, eu apenas obtinha risos. Eu não aguentava não respondê-lo. E ele sabia disso.

Era isso que tinha. Nada! Eu só tinha a minha preocupação, o meu vício, a minha prisão no qual o Mestre Tora me colocou. Então, ele perguntou se no tal dia, eu estaria livre. Verifiquei em minha agenda e percebi que o destino prega peças mesmo e o quanto ele é inevitável. Por coincidência, eu iria estar em São Paulo à trabalho. Tive medo de por causa disso tudo dar errado. Mas, pelo menos, eu estava mais próximo.

Respondi dizendo que estaria sim, trabalhando. Pensei comigo, que coincidência, parece que realmente tem que acontecer. Não tem mais jeito. Ele me pediu todos os detalhes de onde eu me hospedaria, que horas eu estaria liberado. E eu prontamente dei todas as minhas coordenadas. Lembro-me de ainda tentar obter mais informações, mas como já sabemos, inutilmente.

Tive dificuldades para me concentrar no trabalho. Assim que pisei em São Paulo, meu coração parecia que iria explodir. Eu cheguei um dia antes, mas a sensação era que o Mestre Tora estava me vigiando. Eu digitava, preparava relatórios, negociava, telefonava, mas sentia o Mestre Tora, que eu ainda não havia conhecido o rosto, do meu lado.

Era impossível se concentrar. Eu derrubava canetas e papeis todo momento. Precisei ir para o banheiro da empresa lavar meu rosto, me olhar no espelho e pedir a mim mesmo calma. Eu estava uma pilha de nervos. Fui para o hotel e confesso não dormi. Olhava para o teto na mesma frequência em que olhava para a tela do celular. De vez em quando ele enviava uma mensagem apenas me fazendo lembrar que minha hora estava chegando. Que eu seria uma pessoa antes e outra totalmente diferente após. Aquilo não me ajudava em nada para dormir. Cochilei poucas vezes e acordava assustado.
No dia seguinte, me arrumei e fui completar meu processo no trabalho. Precisei tomar bebidas energéticas para me manter concentrado nas minhas obrigações. Marcamos à tarde. E eu ainda tentava entender quem era esse amigo. Questionava a minha sanidade mental ao me permitir estar com uma pessoa que conhecia apenas na internet e outra que nem sabia quem era. Molhava meu rosto de 10 em 10 minutos.

É incrível como que meu sonho ia se tornando realidade da maneira mais ansiosa possível. Ao bater a hora marcada, desliguei meu computador, fui ao banheiro, sentei no vaso e meus olhos estavam marejados. Me controlei para não chorar. Sou um homem grande, tenho 33 anos. Sou um homem alto e forte. Tenho 192 e mais de 100 quilos.

Mas eu era um garotinho acuado e medroso sentado naquele vaso sanitário do banheiro da empresa. Fiquei ali sentado com a minha roupa de trabalho, apenas esperando a mensagem no celular com as instruções. Queria ter colocado uma roupa mais confortável, mas não dava tempo. Eu iria mesmo vestido socialmente ao meu destino. Estava usando uma calça social preta e uma camisa azul claro. Meu emprego exige uso de gravata, o que em nada me ajudava a respirar melhor. Meus sapatos sociais apertavam meus pés. Me sentia sufocado naquela roupa. Não dava tempo de trocá-la, pois a mensagem no meu celular apareceu rapidamente para a minha total palidez.

A mensagem era direta, seca. Me indicava onde eu desceria e as ruas que teria que seguir. Não me indicou um ponto final. Não entendi muito bem. E indagava se não havia um ponto específico. Na verdade, eu precisava muito de uma palavra de calmaria, talvez um gesto de carinho. Um gesto preocupado. Um mero “você está bem?”. Mas, apenas respondi que em 10 minutos estaria na rua marcada. Senti que tinha que ir mesmo, apesar de um lado da minha mente querer fugir e voltar ao Rio de bicicleta se fosse necessário. Enquanto andava pela rua, fui tentando controlar minha respiração com aquela roupa social e aquela gravata apertando meu pescoço. Usava óculos pois já tenho dificuldade de enxergar, e ansioso do que jeito que estava, eu enxergava tudo turvo. Lembro-me que eu confundi as ruas, acabei andando um pouco mais. Eu era pura tensão.

Então, enquanto andava, eu recebi outra mensagem dizendo que se eu fosse abordado na rua, que eu não reagisse. Ao ler aquilo, eu parei numa esquina e minha mão nunca havia tremido tanto. Eu pensei que iríamos conversar, apertar as mãos, ser avaliado primeiro talvez. Eu estava já com lágrimas nos olhos, tirava os óculos para limpar os olhos, não conseguia enxergar direito. Comecei a perceber que suava e era um suor frio. Escrevi algo pedindo melhores explicações. Como assim não reagir?Não iremos nos conhecer antes? Tomar alguma coisa? Apensas obtive como resposta a mesma sentença.

Se você for abordado, não reaja e faça exatamente o que lhe for mandado. Eu estava na esquina da última rua que havia falado.

Qualquer pessoa que passasse eu olhava desconfiado, com medo. O vento que tocava minha roupa ao caminhar me gelava por inteiro. Eu ainda não acreditava que estava de pé. Confesso que andei devagar, não conseguia andar rápido. Meus joelhos falhavam. Continuei andando.

Meus olhos não paravam de lacrimejar. Então, senti à minha direita alguém andando muito próximo, ouvia os passos cada vez mais perto como se estivesse correndo atrás de mim. Acho que meu coração parou, fiquei meio surdo como se estivesse com pressão nos ouvidos. O tal amigo encostou no meu braço direito e me disse…

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