Foram segundos, minutos e horas de muitas sensações | Relato – Fetichista 213

Share:

Difícil definir em palavras aquilo que só o corpo pode expressar. Poucas horas se passaram, estou aqui propositalmente, sentado em meu sofá, buscando definições para aquela tarde de terça-feira, 05 abril, estudio 57, vila mariana, São Paulo.

Na tentativa de assim fazê-lo, me atrevo a dizer: “Horas Agonizantes”. Não somente o significado negativo da palavra. Foram horas que estive inquieto, questionador, em alguns momentos senti medo e desconfiança, por outro lado, houveram momentos, e estes foram muitos, em que me peguei ansioso para que chegasse “a hora”, sorrindo pelo fato de me permitir e seguro pela decisão de a minha primeira experiência ser com ele, aquele que agora ja chamo de mestre!

O momento chegou e segui conforme o combinado, me desapeguei dos pré-conceitos, pedi proteção e me permiti.

A porta se abriu, não havia ninguém visível ao meu angulo, entrei e segui passo a passo conforme combinado. Me ajoelhei, virei para a parede onde havia um grande espelho, então fechei os olhos, imediatamente escutei alguns passos atrás de mim, eles vinham em minha direção, meu coração acelerou, mas por alguma razão eu me sentia protegido. Respirei fundo, ajustei minhas emoções e me permiti.

Senti ser envolvido como em um abraço, mas eu não o via, coração bateu forte, corpo respondeu de todas as formas. Tive a visão imobilizada por uma máscara. Num instante senti sua barba acariciar minha nuca e pescoço, derrepente ele parou, e pude sentir e ouvir a sua respiração, ela era quente, forte e firme. Ali, naquele momento e instante, começou uma experiência que a lembrança levaria para sempre.

Foram segundos, minutos e horas de muitas sensações. Momentos iniciais onde me senti deslocado e insisti, por um longo tempo, em não me entregar. Foi quando em um sentéssimo de segundo, a “chave virou” e passei a entender e admitir a mim mesmo, o que estava acontecendo ali. Joguei as máscaras e recebi turbilhões em prazer!
Passei a admirar o contexto que me encontrava e a entender que aquela era uma das formas mais justas e honestas de troca de prazer.

O cenário ficou claro, a vergonha foi esquecida e o prazer foi ouvido.

Correntes, couro e muitas outras opções de prazer, ali, logo ali, a minha disposição e eu me sentia no centro, colocado como um submisso, oferecendo meu corpo, meus desejos, minha atenção, e recebendo o meu prazer. Com regras, respeito, uma maneira segura, sadia, adulta e honesta com o “outro” e principalmente, consigo mesmo.

O escuro ficou claro, o som se ampliou e a musica embalou e jogou fora a timidez. A luz estava acessa. Novos prazeres foram descobertos e outros foram aceitos. Dentro dos meus curtos limites, superei todas as médias. Me senti e me fiz desejado, me deixei ser levado e fui dominado, senti prazer, muitos, em muitas regiões, algumas que até então eu desconhecia.

Me permitia ser “usado”! Ter um mestre e seguir suas ordens! E assim o fiz!

Foram momentos intensos e seguros. O medo foi esquecido e as coisas aconteceram, muitas delas ao meu suplico conduzido por gemidos fortes, consistentes e quentes, os quais eram interpretados e traduzidos pelo meu mestre.

A sessão durou por bastante tempo e conclui somente quando o prazer final de ambos foi atingido.

Horas após a sessão, sinto que foi certa a aquela decisão de terça-feira passada. Estou tranquilo e muito satisfeito com a maneira como a primeira experiência foi conduzida e pelo mestre que a conduziu.

Aqui deixo meu relato para aqueles que gostariam, mas não o fazem! Eu fiz e curti 😉

Share:

3 comments

  1. Enzo 17 janeiro, 2017 at 05:33 Reply

    Há de fato uma comunicação exclusiva do corpo. Lembro me da frase da canção que diz : “já que o brilho do meu olhar foi traidor e entregou o que eu tentava abafar”.
    Por mais que se tente esconder, nosso corpo e alma sempre farão cumprir nosso dever.

Leave a reply

Você tem mais de 18 anos? Todo o conteúdo deste site é destinado ao publico adulto (+18 anos).