TEORIA X PRÁTICA

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De uns tempos para cá, várias pessoas têm me procurado e feito a mesma pergunta:

“O Senhor teria como posse uma sub iniciante?”

Vamos traçar um paralelo aqui.

Quando iniciamos nossa vida profissional, somos todos iniciantes. Ao exercer uma função, por mais que você tenha estudado, você não têm a prática, a vivência, a experiência. Em algum momento, alguém te ensinou e te mostrou o que fazer, te orientou e te direcionou. E durante este processo de aprendizado, você cometeu vários erros, desde os mais básicos até os mais, digamos, complicados. E com certeza você já deve ter passado por várias situações onde, quem está te ensinando não teve a devida paciência ou mesmo respeito por você não saber.

Com o tempo, você vai adquirindo mais confiança, vai entendendo como tudo funciona, como deve fazer isso ou aquilo e, por consequência, erra menos. Sim erra menos, porque ninguém é perfeito e imprevistos ou situações novas sempre surgem. E mais do que isso, nunca sabemos tudo.

Guardadas as devidas proporções, no BDSM não é muito diferente. Você lê, segue, participa de lives, estuda, mas não tem a parte prática, a experiência.

Assim como o teu primeiro emprego foi de certa forma assustador e um enorme desafio, estar pela primeira vez em um relacionamento BDSM é tão desafiador quanto. Eu arrisco a dizer que em alguns casos é até mais desafiador. Dar o primeiro passo não é fácil, principalmente porque aqui as relações D/s são verticais. Existe a entrega, a troca de poder, a submissão, a ressignificação, as tarefas, as permissões, o controle.

Não estou dizendo que você deva partir para o real logo de cara, no primeiro contato de um Top ou na primeira semana de conversa. Não, em absoluto. O estudo, o conhecimento, o aprendizado são muito importantes, mas não faz muito sentido para mim ficar estudando, estudando e só estudando “ad eternum”.

E aí eu trago um outro ponto, uma outra questão:

Se nenhum Top se dispor a te ensinar, a assumir esse papel, como é que você vai deixar o campo da teoria e entrar no campo da prática? Eu até entendo que muitos não queiram por não ter tempo, mas até eles, em algum momento, foram iniciantes e tiveram tutores, orientadores, mentores ou amigos ensinando como fazer a prática X ou Y.

Me preocupa um pouco o fato de todos estarem tão acostumados a viver atrás de uma tela de computador, de um celular, interagindo do momento em que acordam até a hora em que vão dormir e entender que isso é suficiente, que assim está bom.

“Ah, mas eu moro na cidade A e a pessoa mora na cidade B”

“Eu estou trabalhando muito, estou estudando demais, estou sem dinheiro, estou com pouco tempo”

Vou falar por mim. Quando eu quero, eu vou atrás. Eu me programo, eu me organizo, eu priorizo. Se eu for deixar para fazer quando todas as outras “prioridades” estiverem resolvidas, eu não vou fazer nada, nunca, porque sempre vai ter alguma outra coisa mais urgente, mais importante, mais necessária.

Quando queremos, estamos dispostos, temos interesse, damos um jeito de fazer acontecer. Às vezes precisamos sair da nossa zona de conforto se quisermos ter algo mais intenso, algo que faça termos as tão famosas e conhecidas “borboletas no estômago”.

Sim, eu sei que o momento em que estamos não ajuda muito, que o vírus ainda está aí, mas atire a primeira pedra quem realmente ficou 100% em isolamento, que não saiu para tomar um café, para almoçar, para caminhar ou mesmo fazer um passeio em algum parque. Então se você se dispõe a fazer essas “aventuras” no dia a dia, porque o mesmo não pode acontecer quando o assunto é conhecer um Top ou um bottom?

Não adianta você estar disposto a dar o primeiro passo se não tiver ninguém disposto a te ensinar.
E não adianta você estar disposto a ensinar, se não tem ninguém disposto a aprender.

Viver o BDSM, seja Top ou bottom, apenas nas redes sociais e/ou nos grupos de bate-papo é de uma rasidade enorme pra mim.

Eu preciso de mais, muito mais. Eu preciso de reciprocidade, intensidade, profundidade, toque, pele.

AUTOR

SENHOR ASGARD

Sádico e Dominador.

A palavra que melhor me define é sem dúvida “Intensidade”.

Entre minhas paixões destacam-se a fotografia, música, literatura, cinema e tecnologia.
Sou criativo e bem-humorado, sem deixar de ser firme em minhas convicções.

Sou alguém que apesar de abraçar certos padrões, não me limito por eles, sempre consciente de que acima de qualquer rótulo está o ser.
Minhas decisões e atos são guiados por minha lógica clara e direta, porém há sempre espaço para surpreendentes improvisações.

Observador e Detalhista.
Para mim, tudo importa. E muito pouco (ou nada) passará despercebido.

Como Dominador, espero de minha submissa inteligência e proatividade.
Sou exigente e ambicioso. Jamais me contentaria com atitudes de passividade e estagnação.

Como Sádico, desejo dar sempre um passo a mais.
Sou responsável, porém audacioso. Assisto ao sofrimento com prazer. Quando esse meu lado encontra quem realmente o satisfaça, os limites são superados e o prazer ganha uma nova dimensão.

Como pessoa, sou gentil e atencioso.
Me importo pouco com as impressões alheias. Vivo a meu modo, sem máscaras, sem excessiva diplomacia. Deixo claro minhas discordâncias e desafetos. Falo com o olhar. Sou honesto comigo mesmo.

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