MACHO DE CALCINHA?

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Um dos enormes bloqueios do homem que deseja, mas que não se permite vivenciar experiências como usar uma calcinha é a falsa necessidade de sustentar o modelo social do que é ser macho, aquele que não se associa a caracteristicas tidas como femininas.

Para Jung, psiquiatra suíço fundador da psicologia analítica, o funcionamento da psique se origina da tensão entre os opostos (masculino e feminino), sendo que essa dualidade é a condição para que haja crescimento e amadurecimento, logo ambas as coisas nos coabitam. Somos masculinos e femininos.

É imprescindível lembrar que quem responde se pode ou não pode usar alguma coisa é a pessoa interessada em usar. Infelizmente essa permissividade do que se pode ou não fazer, usar e escolher não acontece desde a infância na maioria dos casos e quando o jovem não vai elaborando isso durante o seu desenvolvimento o resultado são conflitos na fase adulta.

Cansamos de assistir pais e mães escolhendo as cores do quarto, dos brinquedos e das roupas do bebê baseados em convenções sociais, como se “rosa” e “azul” definissem o que é “menino” e “menina”. Descabivel no mundo de informações em que vivemos hoje achar que uma cor determinará a identidade de um indivíduo. Sustentar essa ideia é sustentar um preconceito.

As regras impostas pelas tradições familiares são quebradas quando a criança vai se desenvolvendo e ela passa a adotar comportamentos de sua própria geração, o que envolve colegas de classe, moda e mídia até chegar na singularidade daquilo que realmente vai deixá-la confortável e bem, automaticamente gerando um conflito com seus progenitores.

É comum ao homem que se permite sair do estereótipo do macho ser associado a homossexualidade. Independente se o cara é heterossexual ou não, ele pode sim vestir roupas lidas como femininas sendo calcinha apenas uma delas. As roupas funcionam para os dois gêneros e não faz sentido um homem deixar de usar algo porque é “coisa de mulher”. Ninguém está dizendo que todo homem precisa usar calcinha, mas que podemos discutir e respeitar a decisão sob aquilo que cada pessoa considera confortável para si.

AUTOR

RIGLE GUIMARÃES

Psicólogo e Terapeuta Sexual com foco no público LGBT+ e abordagem de comportamentos sexuais variados.

Instagram: @psicorigle com conteúdo voltados a questões que vão da saúde mental à sexualidade.

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