Estamos vivendo um momento surreal. Pandemia, mortes, crise financeira, colapso no governo, desemprego, abusos e agressões. Estamos todos no limite da nossa sanidade mental. Todos tentando de alguma forma administrar este momento, tentando se distrair, tentando se adaptar, tentando viver e, em alguns casos, tentando simplesmente sobreviver.
Nunca o mundo virtual foi tão ativo. Nunca estivemos tão conectados em mídias e plataformas sociais como agora. Se por um lado essa conexão é algo que nos une (pelo menos deveria) e nos faz continuar a cada dia, ao mesmo tempo ela têm se mostrado, de diversas formas, nociva e tóxica.
Estamos perdendo o foco. Estamos deixando de debater o que realmente é importante. Estamos perdendo um tempo precioso que não voltará mais.
Em vez de nos preocuparmos com abusadores, agressores, pessoas que incitam o suicídio de seus bottoms, homofóbicas, racistas, que declaram isso abertamente, estamos nos preocupando com egos inflados, apontar o dedo e fazer lavação de roupa suja em público, ver o outro pelas costas, dizer que o BDSM “A” é o certo, que o BDSM “B” é único que funciona.
É este BDSM que você quer para você? Um BDSM nocivo, tóxico, onde o que vale é ser o mais baixo? Onde o que importa é quantos seguidores você tem? Onde o que conta é que você é mais “fodão” do que o Dom “X”? Onde seguir o Dom “Y” é sinônimo de que você é “cool” e está na mesma vibe da galera? Até quando vamos ser assim? Até quando vamos fazer vista grossa e passar pano para tanta barbaridade que está sendo divulgada? De que adianta você reclamar nos grupos de whatsapp, se publicamente você se cala e, muitas vezes, até aplaude?
Seja honesto: Quantas vezes você leu em algum grupo de whatsapp ou em publicações, pessoas fazendo incitação ao ódio, ao suicídio, ao racismo, ao machismo? E quantas vezes você fez algo de fato, como sair do grupo, denunciar, repudiar, deixar de seguir, falar para teus amigos tomar cuidado e se afastar?
Neste ponto vale a famosa frase do “quem cala, consente”. E se quem cala, consente, o que dizer de quem aplaude?
Não precisamos de mais divisão. Não precisamos de mais misoginia. Não precisamos de mais egos inflados. Não precisamos de mais abusadores e agressores. Não precisamos de mais “ditadores” de regras absolutas.
O que nós realmente precisamos é de mais coerência, é de mais gente preocupada com o que realmente é importante, é de mais gente humilde, é de mais gente querendo realmente aprender, é de mais gente dizendo “não”, dizendo “chega”, clicando no “unfollow” e se desligando de toda essa nocividade e toxicidade.
Já passou da hora de acordarmos e pararmos de ser “gado” para esses que só pensam em números, que só querem plateia, que não estão realmente preocupados em lutar (não no sentido literal) por um BDSM sério, por um BDSM sadio, por um BDSM onde tenhamos orgulho.
Não, não é utopia. E sim, é um trabalho hercúleo. Mas quer saber? Não é impossível. Pode acontecer. Só depende de cada um de nós.
Pense. Reflita. E faça alguma coisa. Mas faça pela comunidade e em prol da comunidade.
AUTOR
SENHOR ASGARD
Sádico e Dominador.
A palavra que melhor me define é sem dúvida “Intensidade”.
Entre minhas paixões destacam-se a fotografia, música, literatura, cinema e tecnologia.
Sou criativo e bem-humorado, sem deixar de ser firme em minhas convicções.
Sou alguém que apesar de abraçar certos padrões, não me limito por eles, sempre consciente de que acima de qualquer rótulo está o ser.
Minhas decisões e atos são guiados por minha lógica clara e direta, porém há sempre espaço para surpreendentes improvisações.
Observador e Detalhista.
Para mim, tudo importa. E muito pouco (ou nada) passará despercebido.
Como Dominador, espero de minha submissa inteligência e proatividade.
Sou exigente e ambicioso. Jamais me contentaria com atitudes de passividade e estagnação.
Como Sádico, desejo dar sempre um passo a mais.
Sou responsável, porém audacioso. Assisto ao sofrimento com prazer. Quando esse meu lado encontra quem realmente o satisfaça, os limites são superados e o prazer ganha uma nova dimensão.
Como pessoa, sou gentil e atencioso.
Me importo pouco com as impressões alheias. Vivo a meu modo, sem máscaras, sem excessiva diplomacia. Deixo claro minhas discordâncias e desafetos. Falo com o olhar. Sou honesto comigo mesmo.
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