Experienciar algo pela primeira vez sempre causa uma certa ansiedade e, por mais que os recursos tecnológicos trabalhem a nosso favor encurtando distâncias e permitindo o contato e a interação entre as pessoas, passar das telas para o físico é, para falar o mínimo, bastante diferente.
Pensando nisso, o SubMundo vem compartilhar com vocês como foi o primeiro encontro presencial da Bela com seu Mestre depois que fizeram seus primeiros acordos e que ela se sentiu pronta para dar o próximo passo.
Então, com a palavra, Bela…
“Dois meses depois de muita negociação, estudo, leitura, áudios intermináveis madrugada adentro e de já ter respondido a pergunta “você quer ser minha posse?” por duas vezes, estava eu de malas prontas e coração na boca seguindo rumo ao SubMundo. Tudo o que eu havia fantasiado por tanto tempo estava prestes a se tornar realidade e em algumas horas eu estaria diante daquele que há tempos dominava meus pensamentos.
Meu Mestre é adepto de uma certa ritualística quando se trata da formalização dos acordos BDSM e, apesar de todo o desejo envolvido, eu já sabia que nosso primeiro encontro seria “apenas” um café, onde repassaríamos tudo que havíamos negociado. É simplesmente impossível colocar em palavras o que eu estava sentindo naquele momento, mas se tivesse que enumerar algumas sensações seriam elas ansiedade, nervoso, medo, desejo, timidez, tensão, felicidade, mas, acima de tudo, muita certeza do que eu queria.
Ao chegar ao nosso encontro, fui recebida com um abraço e o famoso sorrisinho de lado, aquele que mistura um certo charme que tenta em vão esconder um sadismo que me faz molhar a calcinha só de lembrar. Ele, muito calmo, tentava me fazer ficar à vontade enquanto eu escondia as mãos trêmulas e suadas. De certo que todas as “inas” dos hormônios estavam ali: serotonina, endorfina, dopamina, ocitocina…
Mestre me apresentou sua casa, o local que guardava seus instrumentos e uma parede repleta de marcas de maquiagem das subs que tiveram seus rostos subjugados por lá. Aquela cena atiçou minha libido e o coração bateu descompassado até que um suspiro profundo veio pra me trazer de volta. Então, Ele foi preparar nosso café (sim, foi Ele quem preparou e lembrem-se que até aqui a nossa conversa transcorria de forma horizontal). Enfim, sentamos e começamos a conversar, enquanto degustávamos o café.
Eu continuava muito tensa e eu sou a pior pessoa para esconder sentimentos, logo Ele percebeu o meu desconforto e pegou na minha mão por um tempo como quem diz “eu estou nessa com você”. Ele não precisou dizer nenhuma palavra, seu gesto era realmente o que eu precisava para deixar o nervosismo de lado e lembrar do laço de confiança que havíamos construído durante o tempo em que nos conectamos.
Assim, mais relaxada, a conversa fluiu, brincamos, demos risada e falamos amenidades até chegar o momento do checklist dos nossos acordos. Foi então que Ele me fez a pergunta pela terceira e última vez: “você quer ser minha posse?” E se tinha alguma coisa que eu tinha absoluta certeza era isso, e eu assenti com um sorriso largo e a frase: “claro que sim, Mestre!”. E naquele momento formalizamos o que cada pedacinho do meu corpo já sabia: eu era Dele, eu era Sua posse, eu pertencia àquele que tinha o dom de liberar meus pensamentos mais impuros.
Eu queria contar ao mundo o que estava sentindo, dividir com minhas amigas, que a essa hora já lotavam minha caixa de mensagens ansiosas por notícias, que agora eu tinha um Dono. Mas apesar de toda a intensidade dos meus sentimentos, da minha pressa de viver, da ansiedade em dar esse salto em direção ao desconhecido, eu precisava me conter e cumprir com o nosso combinado.
Tudo esclarecido e devidamente acordado, fomos ver algumas coisas que o Mestre queria me mostrar em seu computador e Ele falou para que eu puxasse a cadeira para sentar ao seu lado. Mas eu havia acabado de me tornar sua posse e queria me sentir como tal e, sabendo qual era o meu lugar, sentei no chão aos pés do meu Senhor pela primeira vez. Eu estava plena naquele lugar e essa sensação, ainda tão nova pra mim, não me deixava nenhuma dúvida de que minha sexualidade submissa estava gritando dentro de mim.
Ficamos um tempo ali e em certo momento recostei minha cabeça em suas pernas e senti sua mão passar pela minha nuca e acariciar meus cabelos. Cerrei meus olhos involuntariamente e me entreguei àquela sensação de pertencimento. Não sei precisar quanto tempo fiquei ali, se 1 segundo ou 1 hora, mas de repente senti uma puxada forte nos meus cabelos, levantei meu olhar e dei de cara com Desejo. Não era mais o homem que eu enxergava, era o Deus da minha libido, era o sádico que ia subjugar minha existência e eu reconheci ali o seu poder sobre mim.
Não havia mais espaço para receios, eu estava pronta para ser a submissa das minhas fantasias, para experienciar meus fetiches da forma mais libertina possível e, assim, me tornei a vadia que eu sempre quis ser.”
O mais importante nessa experiência que a Bela relatou reside no fato dela estar consciente dos seus desejos e saber exatamente como quer vivenciá-los. O autoconhecimento é fundamental para quem está adentrando o SubMundo, afinal só podemos entregar ao outro o poder se estivermos de posse dele, não é mesmo?
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Com carinho,
Bela. 🖤
AUTORA
Quem nos conduz nessa jornada pelo SubMundo é Belarina.
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Respostas de 2
Parabéns pela coragem de se entregar de forma tão plena, Bela! Com certeza você não vai levar da vida frustrações, mas sim muitas alegrias por ter se permitido viver!
Ainnnn, obrigada pelo feedback 🤗 Eu acredito mesmo que devemos nos permitir experimentar todos os sabores de sorvete e, se não gostarmos de algum, basta não voltar a tomá-lo. ❤️