A relação entre um dominador (DOM) e um submisso (SUB) é uma das maiores representantes do BDSM, duas letrinhas (DS) que podem ou não se envolver em todas as outras práticas… Mas, na maioria das vezes, envolve!
Nada mais é do que um acordo entre duas partes: aquele que gosta de guiar e aquele que gosta de ser guiado. E, a partir daí, surgem vários rótulos, infelizmente. Um “dog” pode ser um dom? Um dom pode ser passivo? E o switcher, aquele que ora é dom ora é sub? Existe sessão sem sexo? Pode ser “baunilha” de vez em quando, relação sem práticas ou fetiches? Tem que ter “sub drop” (ou “dom drop”, por que não?), aquele pós-sessão com queda de neurotransmissores e confusões mentais?
Sim, pode tudo. E convenhamos: se você está aqui, é o último que pode julgar alguma coisa…
Se tem uma coisa que a série dos “50 Tons” retratou bem foi a forma que um relacionamento se constrói, com contrato assinado e tudo. Mas até que ponto é o dom quem manda? Em minha visão, é bem ao contrário. Como dom, faço questão de sentir antes tudo aquilo que posso causar e, durante uma cena, o que mais busco é o prazer da descoberta de sensações do sub. É ele quem guia – com impulsos, limites, olhares e, se preciso, a famosa palavra de segurança.
São, seguro e consensual (SSC), é assim que se leva um BDSM bem praticado, consciente e responsável. Empodere-se do papel no qual você se sente mais livre e completo, não no que te impõem, e busque aquele momento mágico em que mesmo sem tocar na genitália, mais de 10 orgasmos virão.
AUTOR: FIEL
Às vezes me pedem para ser mais Rafael quando sou Fiel, às vezes para ser mais Fiel e menos Rafael. A verdade é que eu nem sei mais, os dois são um, e um são dois ao mesmo tempo, ou talvez em seus momentos.
Uma resposta
Considero que tanto o Dominador quanto o submisso têm responsabilidades, mas penso que o Dom tem uma parcela ainda maior que o sub, porque está lidando com um ser humano que encontra-se vulnerável, muitas vezes imobilizado e sem capacidade de reagir. Mas esse jogo erótico é tão libertador, não? E sim, muito bem colocado: quem está lendo este blog não pode julgar ninguém! Ou ao menos não deveria…