ENTREVISTA COM OS CANDIDATOS DO CONCURSO MR LEATHER 2018 – DOM PC

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DOM PC é um leatherman nato, com 37 anos, 1,77 de altura e 73 quilos bem distribuídos, o rapaz tem muito a nos contar sobre a sua trajetória Leather, além dos planos e intenções na corrida pelo título de Mr Leather Brasil 2018.

A sua roupa de couro favorita é uma calça de couro da Mister B, modelo FuXXer Pants, com listras brancas. com um couro grosso e brilhante, que fica bem ajustada no seu corpo.

Quer ver e saber mais sobre esse Candidato? Leia a sua entrevista AQUI!

1)  Conte-nos um pouco da sua trajetória no Universo Leather.

A atração pelo Leather já existia em mim desde muito cedo na minha vida, mesmo antes de ter qualquer noção de sexualidade, mas foi a partir do término da faculdade em 2005 e minha independência financeira, pude realmente encontrar e vivenciar minha essência, reconhecendo-me como Leatherman. Desde então comecei a construir minha coleção de peças em couro e botas que atualmente já beira uns 100 itens, dentre jaquetas, calças, botas, coletes, camisas, sobretudo, luvas, jockstrap, kilt e acessórios diversos.

Mais especificamente sobre o universo Leather que vivencio hoje, já em 2005, comecei a fazer contato com pessoas que curtiam Leather e assim, aos poucos, fui me inserindo nesta comunidade, passando a frequentar a noite paulistana e os eventos relacionados a Leather, BDSM e Fetiches em geral. Durante esses 13 anos de efetiva imersão na cultura Leather e BDSM, estudei muito, li muito sobre o assunto, suas origens, história e evolução, para entender seus processos e me entender como parte deste universo maravilhoso.

Além da atuação na comunidade Leather brasileira tive a oportunidade de vivenciar a cultura Leather/BDSM fora do Brasil, tendo frequentado bares e eventos relacionados na Argentina, Estados Unidos, Holanda, França, Espanha, Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Áustria, República Tcheca, Eslováquia, Hungria e Portugal. Dentre estes, em 2015, tive o prazer de visitar a FOLSOM EUROPE em Berlim e o bar The Boots, em Antuérpia, ambas experiências incríveis, devido à tradição Leather destes lugares, bem como em 2017, participei dos eventos relacionados à eleição do Mister Leather Espanha, na cidade de Madri.

2)  Qual foi a sua motivação para inscrever-se no concurso?

Recebi muitos incentivos de amigos da comunidade Leather Brasileira e Internacional para que me candidatasse ao concurso Mister Leather Brasil e acredito que a principal motivação seja dar visibilidade à cultura Leather no Brasil, desmistificar e quebrar preconceitos, fortalecer os laços de amizade e parceria entre os membros da comunidade Leather e aumentando o número de adeptos através do esclarecimento da nossa filosofia, atuando como um difusor da nossa cultura e da nossa comunidade. Paralelo a isso, projetar a comunidade Leather brasileira internacionalmente, mostrando ao mundo que temos a nossa Cultura Leather aqui e estamos trabalhando pela sua sedimentação e difusão.

Acredito também ser de fundamental importância uma atuação efetiva na prevenção e conscientização sobre as DST/AIDS, no incentivo à pratica do sexo seguro e à prática do BDSM sempre seguro, sadio e consensual, promovendo o debate deste tema junto da comunidade LGBT e Fetichista e apoiando as instituições que trabalham nesta causa.

3)  Qual a importância do título Mr Leather Brasil para vc?

Acima de tudo uma grande honra poder ser um representante da comunidade Leather, porém, por mais que um título dessa natureza seja, inevitavelmente, uma grande massagem ao ego e tenha suas glórias e alegrias, eu o vejo como símbolo de trabalho. Muito mais do que glórias, tenho em mente que este título remete a percalços, pois é um longo e difícil trabalho dar visibilidade e acreditação a uma comunidade que é duplamente marginalizada, primeiramente por se tratar de gays e em segundo por se tratar de fetichistas, os quais são marginalizados mesmo dentre a comunidade LGBT.

Ou seja, como tudo na vida, esse título tem sua delícia e sua dor, seu ônus e seu bônus, suas glórias e seus percalços. E não estar consciente e preparado para tudo isso significa não corresponder às necessidades e expectativas da nossa comunidade Leather, deixando no limbo aqueles que se identificam com os ideais desta Cultura.

4)  O que você pretende fazer pela Comunidade Leather caso ganhe o concurso?

Dar visibilidade à cultura Leather no Brasil, mostrar que existimos, que somos pessoas comuns, que trabalham, que tem suas famílias, que pagam suas contas, que somos bons profissionais, bons filhos, bons maridos, bons amigos e que temos esta paixão por este universo; desmistificando e quebrando preconceitos.

Fortalecer os laços de amizade e parceria entre os membros da comunidade Leather e aumentando o número de adeptos através do esclarecimento da nossa filosofia, através da eleição de um representante que esteja alinhado com ideais e princípios que motivam a todos (ou pelo menos maioria) a se afinizar com a cultura Leather.

Atuar como um difusor da nossa cultura e da nossa comunidade no Brasil e, paralelamente, projetar a comunidade Leather brasileira internacionalmente, mostrando ao mundo que temos a nossa Cultura Leather aqui e estamos trabalhando pela sua sedimentação e difusão. Quanto a essa projeção internacional do Brasil, independentemente do concurso e de seu resultado, já é algo que tenho trabalhado no último ano em razão do grande número de amigos nas comunidades Leather/BDSM em vários países.

Atuar efetivamente na prevenção e conscientização sobre as DST/AIDS, no incentivo à pratica do sexo seguro e à prática do BDSM sempre seguro, sadio e consensual, promovendo o debate deste tema junto da comunidade LGBT e Fetichista e apoiando as instituições que trabalham nesta causa.

5)  Na sua opinião, o que pode ser feito para que a Cultura Leather seja difundida em todo o país?

Penso que a figura do Mister Leather deve ser aquela que inspira e estimula os simpatizantes não apenas do couro, mas dos fetiches em geral, a “saírem de seus armários” e vestirem com orgulho seus gears, lembrando que não existe uma fórmula/combinação correta, ou uma hierarquia dentre os fetiches, mas sim uma gama de possibilidades de expressão do fetiche de cada um, seja ele por couro ou qualquer outro material/objeto/atitude. Baseado nisso, promover, estimular e apoiar eventos relacionados ao Leather em várias localidades, tornando-se assim mais acessível àqueles que não podem/querem se deslocar para poder ter esta vivência, mostrando a todos que se sintonizam com a Cultura Leather que não estão sozinhos, e que existe uma comunidade pessoas que partilham destes ideais, sempre de forma responsável e pacífica, disposta a acolher a todos que compartilham dos mesmos sentimentos.

6)  E o que você espera da sua participação no IML?

Espero ganhar!!! (risos…muitos risos…)

Sendo realista e não pessimista, entendo que a probabilidade de uma vitória neste contexto é mínima, primeiramente porque é o segundo ano que o Brasil será representado neste evento, ou seja, já tem muita gente que tradicionalmente vem trabalhando nisto há anos, tanto que tenho acompanhado as longas e sólidas campanhas que os candidatos a IML tem feito. E uma grande desvantagem é o fato de ser temporalmente impossível para nós brasileiros, já que o Mister Leather Brasil 2018 será eleito em abril e o IML 2018 será em maio, ou seja, impossível fazer uma boa campanha INTERNACIONAL em apenas 1 mês. Porém, como bom brasileiro que não desiste nunca, apego-me a esta mínima probabilidade de vitória, utilizando este evento como um portal de projeção internacional da comunidade Leather brasileira.

7)  Qual a sua peça de roupa de couro favorita e por quê?

Minha peça favorita é uma calça de couro da Mister B, modelo FuXXer Pants, com listras brancas. Comprei em Berlim, em 2015 durante os eventos da FOLSOM. Ela é simplesmente fantástica, tem um couro grosso e brilhante e ajusta-se certinho ao meu corpo. Uso na maioria dos eventos Leather/Fetichistas e até mesmo em casa. O “toque” dela na minha pele é algo indescritível. Uso tanto, que já sou reconhecido por ela.

8)  Muitas pessoas relacionam o Leather ao BDSM. Você é adepto do BDSM e, se for, qual a sua prática favorita? Conte-nos um pouco da sua experiência nesse quesito. Caso a sua resposta seja não, como você vê esse universo?

Sim, sou adepto ao BDSM e muito! Sou Dominador e minhas práticas favoritas são: CBT/Ballbusting, Pony Play, Spanking e Trampling. Tenho uma trajetória conjunta de 13 anos tanto no Leather quanto no BDSM, sempre praticando com responsabilidade de forma segura, sadia e consensual, sendo que tive o prazer de ser convidado para participar da Mesa Redonda sobre “Prevenção e Cuidados na Prática BDSM” no Museu da Diversidade em julho de 2017. Além disso, faço parte do grupo BDSMCAMP BRASIL, ao lado de grandes conhecedores da arte do BDSM, que se tornaram amigos do coração, incentivadores e parceiros.

9)  Agora uma pergunta picante, você já teve alguma experiência sexual envolvendo o couro? Relate-a para seus fãs, com detalhes! E caso não tenha tido ainda, cone-nos, também com detalhes, qual a sua fantasia sexual relacionada ao couro?

Se eu for relatar minhas experiências sexuais envolvendo couro, terei que descrever mais de 80% da minha vida sexual, pois o couro está presente na maioria absoluta das minhas experiências sexuais. Seria mais fácil descrever as minhas experiências sem o couro (risos).

10) Deixe uma mensagem final para os seus fãs.

Do fundo do coração e sem qualquer arrogância, considero-me um Leatherman, pois vivo esta realidade, estou sempre buscando conhecer e estudar mais e mais sobre este mundo; eu uso couro/botas no meu dia-a-dia; eu falo para as pessoas sobre a cultura Leather, não no sentido de querer “doutrinar”, mas sim para dar visibilidade à nossa cultura, desmistificar, quebrar preconceitos, mostrar que somos pessoas comuns, que trabalham, que tem suas famílias, que pagam suas contas, que somos bons profissionais, bons filhos, bons maridos, bons amigos e que temos esta paixão por este universo.

Assim, estou extremamente motivado com ideia de ser um possível representante da comunidade Leather Brasileira e um multiplicador e difusor de nossa cultura, pois entendo que ser um verdadeiro Leatherman não basta apenas vestir-se de couro e sair por aí… para ser um verdadeiro Leatherman, deve-se entender que existe toda uma cultura subjacente e uma comunidade de indivíduos que se sintonizam nesses ideais e que esperam ter um representante proativo e engajado!
Conto com o apoio, o voto, a torcida, o carinho e as boas energias de todos vocês.

ENCONTRE O DOM PC:

Site: www.dompc.com.br

Facebook: Rafael Maciel (Dom PC)

Instragram: dompcleather

Recon: DomPC

BLUF: member 1667

Meus agradecimentos aos fotógrafos RONALDO DONIZETI & MÁRCIO MATTOS

LINK PARA A VOTAÇÃO

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