As referências mais antigas da dor como prazer datam de três mil anos antes de Cristo, mas, de lá para cá, foi-se escondendo uma série de práticas e desejos íntimos sob a máscara comum do fetiche.

Lá atrás, o francês Marquês de Sade (“120 Dias de Sodoma”) e o austríaco Leopold Ritter Sacher-Masoch (“A Vênus de Peles”) deram nome ao que por muito tempo foi considerado distúrbio pelos médicos e psiquiatras: sadismo (o gosto em causar dor) e masoquismo (o gosto em sentir dor), respectivamente.

E talvez aqui você se identifique: ambos foram presos por isso, apontados como controversos, loucos, pervertidos, psicopatas sexuais. Os médicos consideravam parafilias, distúrbios psíquicos.

Mas não passa de tabu. Sinta-se acolhido, e não assustado: ainda que assumido por uma minoria, entre 15% e 25% dos adultos americanos e europeus dizem praticar alguma forma de sadomasoquismo com frequência*. Só falta sair do armário.

AUTOR: FIEL

Às vezes me pedem para ser mais Rafael quando sou Fiel, às vezes para ser mais Fiel e menos Rafael. A verdade é que eu nem sei mais, os dois são um, e um são dois ao mesmo tempo, ou talvez em seus momentos.

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Uma resposta

  1. É incrível como a humanidade evoluiu em tantos aspectos e, em outros, se mantém cheia de preconceitos e moralismo… até hoje, quando buscamos a palavra sadomasoquismo em dicionários (on line, claro) a definição é de “perversão sexual” definida pela junção de sadismo e masoquismo… ora, perversão! Mesmo que não seja mais considerada uma psicopatologia, há uma enorme carga moral em cima desta prática. E, pior, falsa moralidade, pois mesmo aqueles que a definem como um transtorno têm seus desejos inatos. Mas, em nome de manter sua “imagem”, não conseguem assumir seus impulsos e, pior, ainda criticam quem os faz. Há muito ainda pra evoluirmos como espécie…

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