“Tudo começou com um elogio em uma caixinha de perguntas. E deste elogio veio uma resposta que lhe agradou bastante. A resposta foi:

— Vindo do Senhor, me sinto muito honrada. Também adoro o Teu perfil

E a partir daí, muito despretensiosamente, eles começaram a conversar e a flertar, de forma leve porém fluida. Os dias foram passando e as conversas continuaram. De algumas vezes em alguns dias para o dia inteiro todos os dias. E não conversavam apenas sobre fetiches. Não, eles conversavam sobre tudo. E riam sobre tudo.

O que era para ser apenas uma brincadeira acabou se tornando algo mais sério. Sério ao ponto dele cogitar ter uma D/s com ela. O interesse dela em querer conversar, em querer saber mais sobre ele, em querer se fazer presente começou a motivá-lo a olhar mais atentamente para ela. E ele olhou. E ao olhar, ele se surpreendeu.

Aquela menina, ainda iniciante, ainda jovem, tinha uma visão de mundo, um entendimento do seu entorno que se destacava. As narrativas que ela fazia para ele eram deliciosas. A cada pergunta dele, a resposta não era curta. Era pensada, elaborada, intensa. E toda essa essência era como que combustível para ele. E se tudo isso não bastasse, ela ainda era masoquista.

O tempo passou, as conversas se intensificaram, os sentimentos afloraram, as inseguranças caíram e eles finalmente se conheceram.”

——

Eu tenho uma visão muito particular de como um relacionamento deve ser construído. E mais importante do que a beleza exterior, é a beleza interior. Óbvio que não serei hipócrita e dizer que não olho também a beleza exterior, mas sabe quando isso pouco importa, quando isso não tem a menor relevância diante do conteúdo, profundidade e reciprocidade que a pessoa que está com você te oferece?

Vejo muita gente desesperada por ter uma D/s. Vejo Tops oferecendo coleiras e D/s ao estilo “fast food”. Vejo bottoms trocando os pés pelas mãos e se sujeitando a qualquer pessoa em um piscar de olhos, como se estivessem lutando a batalha da vida deles.

Não estou dizendo que está fácil ter um Dono ou ser uma posse. Mas será que estamos fazendo as coisas da maneira correta? Será que estamos realmente olhando para nós mesmos e buscando algo tangível, coerente e sensato? Será que não estamos buscando algo irreal, querendo que aqui as relações sejam iguais às relações baunilhas?

Até onde você está realmente disposto a entender o que é estar do lado de cá? Até onde você está realmente disposto a baixar tua guarda e transferir o poder de decisão para outra pessoa? Até onde você está realmente disposto a cuidar de uma pessoa e passar a conduzi-la e orientá-la de maneira honesta, justa e realista?

Eu vejo muito glamour e romantismo. E o romantismo que eu tenho visto, tanto por parte de Tops quanto de bottoms chega a ser surreal, utópico e fútil! E não, quem me conhece sabe que eu não tenho medo de expressar o que eu sinto, quando eu sinto.

Vejo muita gente preocupada com práticas, devorando lives e textos sobre como fazer isso, como manusear aquilo, mas muitas vezes não vejo o mesmo afinco em querer entender o que é estar em uma relação BDSM. Muitos ainda estão “presos” aos formatos dos relacionamentos baunilhas. E gente, eu já disse isso em mais de um texto. Uma D/s não é um namoro!

Antes de pensar em uma D/s, procure saber o que é estar em uma. Entenda que você terá que abrir mão de certas coisas, de certas decisões. Entenda que você terá que acatar ordens e cumprir tarefas que podem, em um primeiro momento, não fazer nenhum sentido. Entenda que você terá uma pessoa sob teus cuidados, uma pessoa que, assim como você, têm sentimentos e uma vida pessoal. Entenda que você terá que conhecer bem as reações da pessoa e entender os sinais que ela emite ao estar uma sessão.

Conheça a pessoa com quem você têm interesse. Converse, pergunte, questione. E não se satisfaça com respostas curtas ou evasivas. Insista até que não reste mais nenhuma dúvida sobre o assunto.

Se você é Top, procure saber tudo que pode ser gatilho para o bottom. Procure saber se ele está fazendo algum tratamento, se ele está bem emocionalmente, se ele têm algum trauma de infância.

Se você é bottom, procure saber mais sobre o Top. Pergunte para outras pessoas sobre ele, procure saber de onde ele é, se ele é conhecido e, da mesma forma, pergunte sobre a vida pessoal dele. Não é porque uma pessoa é Top que ela não tem gatilhos, traumas ou problemas pessoais.

Agora, para que tudo isso flua e aconteça da forma correta, ao ponto de se pensar em uma D/s, é necessário ter tempo. E me parece que tempo é a única coisa que as pessoas não estão preocupadas e/ou interessadas.

O caminho para uma D/s não é curto. Mas se for feito pelos dois, com zelo e cuidado, será algo marcante para ambos.

Pense nisso!

AUTOR

SENHOR ASGARD

Sádico e Dominador.

A palavra que melhor me define é sem dúvida “Intensidade”.

Entre minhas paixões destacam-se a fotografia, música, literatura, cinema e tecnologia.
Sou criativo e bem-humorado, sem deixar de ser firme em minhas convicções.

Sou alguém que apesar de abraçar certos padrões, não me limito por eles, sempre consciente de que acima de qualquer rótulo está o ser.
Minhas decisões e atos são guiados por minha lógica clara e direta, porém há sempre espaço para surpreendentes improvisações.

Observador e Detalhista.
Para mim, tudo importa. E muito pouco (ou nada) passará despercebido.

Como Dominador, espero de minha submissa inteligência e proatividade.
Sou exigente e ambicioso. Jamais me contentaria com atitudes de passividade e estagnação.

Como Sádico, desejo dar sempre um passo a mais.
Sou responsável, porém audacioso. Assisto ao sofrimento com prazer. Quando esse meu lado encontra quem realmente o satisfaça, os limites são superados e o prazer ganha uma nova dimensão.

Como pessoa, sou gentil e atencioso.
Me importo pouco com as impressões alheias. Vivo a meu modo, sem máscaras, sem excessiva diplomacia. Deixo claro minhas discordâncias e desafetos. Falo com o olhar. Sou honesto comigo mesmo.

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