Desespero total. Escuridão. Suor. Mãos passeando pela minha pele e apalpando minhas coxas com força. | Relato – Fetichista 242

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Vou caminhando em direção ao endereço que recebi via mensagem, juntamente com algumas instruções de como chegar à masmorra do Dom Barbudo. Numa esquina, paro para comprar uma cerveja que vou tomando pelo caminho numa tentativa de espantar o calor da tarde e também me acalmar. Sim, estou bastante nervoso. As batidas do coração estão aceleradas, minha mente é um turbilhão de imagens e palavras trocadas em dezenas de mensagens.

“Pode hoje 17h?” meu coração saltou no peito quando li o convite. Depois de muito tempo e muitas mensagens iria finalmente conhecer pessoalmente o Dom Barbudo e sua masmorra equipada com inúmeros acessórios para BDSM – quais deles seriam usados comigo?

Ao contrário da maioria dos relatos de outros caras que já estiveram com o MB, não sou um inexperiente no assunto BDSM. E também não me considero um sub no sentido mais clássico do termo, que divide os papéis de dominador e dominado. Meu interesse por BDSM começou quando eu já estava bem perto dos 30 e mergulhei nesse universo de corpo inteiro. E experimentei de tudo um pouco. Passei por Pés (footfetish), Couro (leather) e Dominação até me apaixonar definitivamente pelo Bondage, que cultivo praticando, mais como dominador, até hoje. E algumas vezes sinto-me confortável em um perfil switcher, ou seja, atuando como dominador e como dominado.

A porta do apartamento 57 se abriu e adentrei a masmorra, sem ver ninguém, já que a porta aberta escondeu meu anfitrião. “Mãos para trás”, escutei e imediatamente fui vendado. Segui as orientações às cegas, pela voz do DB. Alguns passos para frente, depois parado. Fui agarrado com força por trás e uma mão exploradora coberta por luvas de couro começou a desabotoar minha camisa. Senti os dedos alisando os pelos do meu peito e roçando meus mamilos. O tesão e o medo já estavam à flor da pele e eu nem sequer estava despido. Sentia na nuca a respiração e a barba do meu dominador, que se afastou e ordenou que eu tirasse a camisa. Depois o tênis, as calças e as meias, ficando só de cueca. “Alguma instrução antes de eu sai r de casa?” tinha perguntado. “Vista uma cueca preta e sexy”. E lá estava eu: só de cueca preta apertada pressionando meu pau e meu saco. “Agora tire a cueca”. Ao baixar a cueca meu pau duro de tesão saltou vibrando para fora e confesso que isso me constrangeu um pouco. Porra, pensei, o cara vai achar que sou um puta de um pervertido. Mal começamos e já estou aqui com a barraca armada. Mas como trair minhas próprias sensações, que em breve estariam sob o controle do outro? Agora pelado, de pé, as mãos ainda para trás e pernas abertas, pau meia-bomba em ascensão, me senti completamente vulnerável, talvez como um soldado capturado pelo exército inimigo e sem saber qual seria o próximo lance. “Sente-se”, veio de novo o comando. “Agora deite-se”. Obedeci e fiquei assim por alguns instantes: na horizontal, vendado, braços esticados junto ao corpo.

Transpirava e tentava disfarçar o medo e minha respiração rápida, o coração galopando no peito. Meu pau levantou de vez, sem que em nenhum momento alguém o tivesse tocado desde a minha chegada à masmorra. Senti que duas tornozeleiras, com certeza de couro, eram presas em meus pés e na sequência acorrentadas à cama. Meus braços foram levantados e uma algema circundou meus pulsos, prendendo-os acima da cabeça. E lá fiquei, esticado, preso ao sofá-cama, sem controle dos meus movimentos. Meu pau pulsava como se tivesse vida própria, alheio à minha vontade. O ritmo da minha respiração foi aumentando, o suor escorrendo e encharcando minhas costas que foram se colando ao couro que revestia o colchão. Senti uma mão alisando a parte interna das minhas coxas, depois alisavam meu peito. Puta que pariu! Exclamei para mim mesmo, já sentindo o desespero aumentar sob o calor das mãos explorando meu corpo dos pés à cabeça. Uma mão segurou meu saco e apertou de leve meus bagos. Ato contínuo, um cockring (pulseira de couro com botões de pressão) se fechou, prendendo meu pau e meu saco e aumentando a pressão do sangue em meu pau, que eu não via, mas imaginava que estivesse completamente duro, a glande totalmente exposta e a cabeçona entumecida.

Desespero total. Escuridão. Suor. Mãos passeando pela minha pele e apalpando minhas coxas com força. Um misto de tesão e medo incomparáveis e então… A dor. Prendedores de roupa começaram a beliscar minha pele. Primeiro uma fileira na parte interna de cada uma das coxas. Depois mais uma fileira na parte interna de cada um dos meus braços esticados e presos acima da cabeça pelas algemas. A cada pinçada do pregador eu estremecia. Apertei os lábios para não gritar, respirando forte pelo nariz. Agora uma fileira de pregadores era posicionada na horizontal, na parte mais inferior do abdome, abaixo do umbigo e já quase tocando meus pentelhos. Senti que os prendedores nos mamilos eram puxados e manuseados de leve, provocando um puta desconforto e dor considerável. Meu corpo se contorcia involuntária mente sob o comando daquelas mãos tão hábeis. Os prendedores foram retirados dos mamilos e senti um breve alívio, ainda que eles estivessem pulsando de dor. Estavam tão sensíveis que uma simples brisa seria capaz de me fazer cair de joelhos, se estivesse em pé e não deitado e amarrado. Mas o alívio durou pouco. Senti desesperado que dois sugadores eram posicionados sobre eles e logo depois sugados com força, provocando dor e inchaço ao mesmo tempo em que se prendiam com força, enterrados em minha pele. Outra vez, travei os lábios e prendi a respiração. Queria sair, ir embora e nunca mais voltar, mas como?

Mais um tempo se passou até que os sugadores com pressão foram retirados. Na sequência os pregadores de roupa começaram a ser removidos – alívio ou mais dor? Os dois juntos, essa é a resposta. Cada vez que um prendedor se desprendia da minha pele eu tinha vontade de gritar. Engoli todos os meus gritos de dor e aflição. Estava ofegante e suava muito, mas permaneci consciente de tudo. Todos os prendedores foram removidos e respirei fundo, aliviado. Por último, como um golpe de misericórdia, dois grampos de metal unidos por uma corrente foram presos aos meus mamilos. Gritei, sem controle, tomado pela dor e pelo êxtase. Agora duas mãos alisavam a sola dos meus pés, fazendo cócegas e aumentando meu sofrimento. Eu me debatia sem controle, sem saber se deveria rir ou chorar naquela situação de desamparo e entrega forçada. Quanto mais eu me contorcia em minha agonia, maior era a dor provocada pelos grampos pesados em meus mamilos. Meu pau parecia uma rocha e pulsava loucamente sem controle, meus bagos estavam inchados e doloridos, presos no cockring. Eu queria muito, mas muito e desesperadamente esporrar para acabar de vez com todo aquele sofrimento.

De repente os grampos que prendiam meus mamilos foram retirados e uma língua quente e molhada percorreu cada um deles. Eu gemia de tesão e ao mesmo tempo me contorcia tentando me esquivar daquela boca sedenta. Foi então que senti os dentes se fechando em torno do meu mamilo direito. Meu corpo atado à cama se ergueu num arco involuntário provocado pela dor que só aumentava enquanto os dentes se cravavam mais fundo. E sem que eu tivesse um segundo de descanso, o mamilo esquerdo passou a receber o mesmo tratamento. Eu suava, gemia, arfava e me contorcia inutilmente. Caralho, pensei, topei a parada e agora estou sendo zoado por um cara que nem sequer conheço num lugar onde jamais estive… pelado do jeito que vim ao mundo e sem nenhum controle sobre meu corpo e minhas sensações.
Sentia meu saco pesado, precisava muito me aliviar. Uma mão agora punhetava meu pau devagar e isso só aumentou meu delírio. Queria eu mesmo bater uma punheta com força, esporrar em jatos quentes, gozar urrando como um animal selvagem reprodutor numa clínica de ordenha. Esvaziar os bagos e sair dali rápido e aliviado.

Mas não podia, meu desejo era o que menos interessava naquele momento. Pelado, preso, suando feito um porco, sentindo os grampos pinçando e marcando minha pele em beliscões numa intensidade crescente, até que tudo adormeceu. Consegui por alguns minutos me acalmar e apenas sentir a dor e o tesão me engolfando de vez. Era como se meu corpo deslizasse em câmera lenta para dentro de um túnel úmido e quente e pairasse acima da cama. Faíscas brilhantes dançavam pela escuridão atrás das minhas pálpebras cobertas pela venda de couro.

Finalmente os grampos foram retirados e também a venda. Fitei meu algoz pela primeira vez. Por incrível que pareça, vi ternura naqueles olhos azuis. Suas mãos muito brancas não me torturavam mais, ao contrário, acariciavam minha pele com cuidado, como que dizendo “Acalme-se, está tudo bem”.

As algemas foram removidas e baixei os braços devagar, sem conseguir disfarçar uma careta de dor ao sentir que cada um deles parecia pesar uns cem quilos. Meus pés também foram desacorrentados e me sentei na cama, devagar, sempre sob a supervisão cuidadosa e autoritária do MB.

“Levante-se, vamos para o quarto”. Ao chegar lá, qual não foi minha surpresa ao ver que havia outro cara no apartamento, acompanhando tudo e registrando a sessão em sua câmera. Mais tarde eu saberia que tratava-se de um escravo-assistente, bem mais jovem que eu e o MB. Observei seu corpo esguio seminu, seu pau duro apertado na cueca. “Deite-se”, veio o comando e praticamente desabei na cama de tão exausto.

Fiquei largado lá, respirando devagar e recobrando as forças. O MB e seu assistente se posicionaram, um de cada lado, e começaram a lamber, beijar e sugar meus mamilos, simultaneamente. Puta que pariu, caralho, vão se foder seus putos! Agora minha mão livre alcançou meu pau que latejava e punhetei com força enquanto sentia duas bocas quentes e úmidas no meu peito. “Mestre, posso gozar?”, implorei e ao receber autorização fui punhetando mais forte, mas não conseguia esporrar porque o cockring continuava pressionando meus bagos! Agora já no máximo do tesão e do desespero, desabotoei-o e minhas bolas desceram, deslizando livres na bolsa escrotal – que alívio! Prossegui na punheta sem interrupção, sentindo a dor e o tesão provocado pelas lí ;nguas em meus mamilos, meus bagos subiram, duros como pedras, avisando que já não era possível voltar atrás – finalmente! “Caralho, vou esporrar, vou esporrar, caralho… ahhhh”. Meu corpo se contorceu num último espasmo, ao mesmo tempo em que o primeiro jato de sêmen voou acima da minha cabeça, depois outro sobre meu peito, mas um e mais um e mais um.

Até que o cheiro do meu sêmen se juntou ao suor e ao hálito dos três ali reunidos, num instante de profunda comunhão e intimidade jamais antes por mim experimentado.

São Paulo, novembro de 2016.

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