DOMINADOR, MESTRE, DONO, SWITCHER, SUBMISSO E ESCRAVO

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Suas definições, papéis e diferenças

É o praticante ativo no BDSM, mais destacadamente no D/s, caracterizado pela prática de comandar e subjugar, podendo assim obter do parceiro a obediência e a dedicação que almeja, além da entrega de seu corpo.

Um dominador geralmente pratica o sadismo. Não só para castigar por alguma desobediência ou indisciplina, como também para seu puro prazer, sendo neste caso, um Dominador Sádico.

Um Dominador é detentor de características que lhe permitem dominar de maneira eficaz a mente e o físico do seu submisso para que ambos se satisfaçam. Tem a capacidade de desenvolver métodos e atitudes para aumentar o nível de entrega do seu submisso, despertando nele o desejo e a vontade para ele agir, de uma forma gratificante, em conformidade com as suas orientações.

É aquele que educa, ensina, orienta e mostra os caminhos do BDSM. Ajuda o praticante a evoluir, a se descobrir, a se desenvolver e se assumir dentro do vasto universo desta nossa fantasia. Com sua prática, experiência e coerência, pode propiciar a descoberta de tendências, de anseios, de limites, de preferências e características. É acima de tudo, um amigo, um parceiro e um guru.

O termo Mestre estaria ligado à doutrina, ensinamento e pensamento. Desta forma, um Mestre na sessão (seja ela real ou virtual) estaria exercendo também as características de Dominador e/ou sádico. Já um Dominador – puro e simples – nunca é um Mestre. Quando muito, pode chegar a um “adestrador” ou “disciplinador”.

Uma dúvida pode permear nossos pensamentos: é possível ser Dominador sem ser Mestre? Claro. Basta imaginar uma situação em que um Praticante Ativo (Top) conheça um submisso (bottom) já bastante experiente no BDSM. Ele será Mestre? Muito difícil. Ele irá tê-lo e dominá-lo, mas não terá sido ele que o ensinou, guiou ou doutrinou no BDSM. Nem antes, nem durante seu domínio. Assim, ele seria apenas seu Dominador, mas não o seu Mestre.

A situação inversa é possível? Pode-se ser Mestre sem ser dominador? Claro. Ainda mais hoje nos dias de hoje – com o desenvolvimento do BDSM na internet – tornou-se comum a figura do Mestre que conhece o submisso nos chats, descobre suas tendências, mostra-lhe o universo BDSM, educa-o, faz ele se assumir submisso e se orgulhar disso, descobrindo seus desejos, seus instintos, seus anseios, seus limites e seus prazeres, sem, porém possuí-lo no “mundo real”, desta forma não praticando de fato o ato do BDSM, suas cenas e a sessão tão planejada e imaginada. Ele foi o Mestre dele? Com toda certeza! Não foi o seu Dominador, mas foi o seu Mestre.

É aquele que não só domina o escravo, não só o educou, disciplinou e descobriu, mas aquele que o TEM. Seu escravo não é simplesmente um escravo, é “o escravo”.

Não é um simples sub, e sim o sub DELE. Ele não tem a sua posse restrita às sessões como o Dominador, pois sua posse extrapola os limites físicos do BDSM e adentra nos sentimentos, pensamentos, personalidade e convicções. O escravo não é escravo sem o Dono, mas quando junto Dele não tem sequer a posse do próprio corpo. Este foi ofertado ao seu Dono, bem como sua mente se volta não para a prática do BDSM (num agrado passageiro àquele que a subjugue numa sessão ou numa cena), mas à dedicação e obediência constante àquele que a conquistou de corpo e alma.

O Dono existe a partir do momento em que o escravo descobre aquele a quem se entregará e abandona sua busca de um Mestre Dominador. É quando sua libido, seu desejo e seus pensamentos BDSM se voltam para aquela única pessoa com a certeza, a convicção e o orgulho de constatar ser ele sua “cara metade” no universo BDSM. O Dono também impõe seu estilo e molda seu escravo. Afinal, ele é o escolhido não só para conduzi-lo, mas para moldá-lo e lapidá-lo.

Em suma, o Dono tem a entrega do escravo a ele restrita e assumida. Ele tem o domínio total e exclusivo do escravo, extrapolando o momento físico da sessão real ou virtual, diferenciando-se assim do Dominador, que pode até dominar escravos que nem são dele. O Dono também não tem só a atenção e o respeito que tem o Mestre, Ele tem a concordância e obediência de seu escravo (fato esse que demanda extrema confiança entre as partes).

É válido acrescentar uma observação: o domínio é uma concepção que pode se materializar através da propriedade ou da posse. Como em BDSM não existe qualquer termo ou ato formal que possa caracterizar uma propriedade (a não ser o registro virtual/verbal ou por vezes até cartorial de Contratos de servidão sem qualquer valor legal ou moral), é necessário para ser Dono que o praticante ativo tenha tomado posse do que é seu e isso só se processa através de uma relação real.

Os mais liberais poderiam até encarar uma entrega e sexo virtuais como uma posse do internauta sobre seu escravo. Porém, uma análise mais coerente só nos leva a concluir que ali houve apenas uma Dominação, nunca uma posse.

Em BDSM algumas pessoas definem-se como Switchers porque sentem prazer em estar dos dois lados da equação BDSM. O mais comum é assumirem papéis de Dominadores em uma determinada situação e papéis de submisso em outra, a depender das circunstâncias, com quem interagem e do seu estado de espírito.

Tem constituído objeto de discussão no seio da comunidade BDSM o desenvolvimento de papeis opostos por uma mesma pessoa.

Numa relação D/s fechada, entre dois parceiros há a tendência para que cada um mantenha sempre as suas características intrínsecas de Dominante e de submisso, pois é assim que naturalmente se satisfazem. No entanto, em relações abertas, não é menos verdade que alguém possa ser submisso de um determinado Dominador, mas que seja Dominador de outro submisso.

Convém ainda salientar que, pelo fato de existirem Dominadores que retiram prazer de sensações habitualmente atribuídas aos submissos, não quer dizer que percam as suas características e deixem de ser dominantes. Do mesmo modo, se um submisso participar numa sessão de spanking, como parte ativa, não significa que seja Dominador ou Switcher.

Submisso, em BDSM, é alguém que sente prazer em receber e cumprir ordens e como o termo sugere, se submeter aos gostos e vontades do seu Dominador. Um submisso retira prazer desta transferência de poder e quanto mais prazer sente que o Dominador retira, maior é a sua satisfação.

Cabe ao submisso definir os seus limites e permitir que o Dominador os identifique, dando-lhe o consentimento para que ele os trabalhe, com o objetivo de serem superados da forma que o Dominador considerar ser a mais proveitosa para ambos.

Cabe ao submisso, ainda, definir a forma como se processará a sua submissão.

Uma relação de Dono e escravo pressupõe uma relação de total troca de poder. Um submisso que no desenvolvimento e amadurecimento dos seus valores, deseja que a sua entrega seja total, que está disposto a servir o seu Dominador em todas as áreas da sua vida, entregando-se aos seus comandos, aceitando as suas ordens, entregando todos os seus direitos, torna-se escravo. O Dominador, ao estar consciente e preparado para esta responsabilidade, torna-se Dono.

O prazer do escravo está centrado no serviço que ele presta e à satisfação do seu Dono. Servir o Dono pressupõe servidão em todos os aspectos por ele exigidos, sejam eles sexuais, de acompanhamento pessoal e profissional, em aspectos domésticos, familiares e sociais.

Cabe ao Dono a responsabilidade de ensinar, treinar, guiar e proteger, a fim de que o escravo atinja os níveis pretendidos para que ambos se sintam felizes e realizados na relação.

A fronteira entre uma relação de Dominador/submisso e Dono/escravo é muito tênue mas, uma conclusão é verdadeira: podemos admitir que um Dono é sempre Dominador e um escravo é sempre submisso, sendo que o contrário nem sempre se aplica.

Numa relação entre um Dominador e um submisso, o poder que transita para o Dominador é aquele que o submisso está disposto a dar, numa relação entre um Dono e um escravo a extensão do poder é determinada pelo Dono.

Como BDSM é um relacionamento entre adultos que se pretende que seja satisfatório para ambos, convém referir que, independentemente do tipo de relação que se estabeleça, o bem estar físico e psicológico dos intervenientes tem de estar sempre presente.

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POSIÇÕES: TOP, BOTTOM E SWITCHER

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