Vai me dizer que você̂ nunca jogou cobertura de sorvete pelo corpo do seu parceiro ou parceira para depois passar a língua? Ou que nunca usou chantilly e morangos para dar aquela lambuzada?
Profissional da gastronomia que sou, defendo que há duas coisas que ninguém fica sem: comida e sexo. Juntos, melhor ainda – a aula de camisinha na banana e a torta de maçã̃ de “American Pie” já́ mostraram o poder erógeno dos comes e bebes.
Sitofilia, o ato de brincar (sexualmente ou não) com comida, pode ter vários caminhos fetichistas além das lingeries comestíveis e alimentos afrodisíacos.
Sploshing – já ouviu falar de “wet and messy”? É “molhado e bagunçado” em inglês, fetiches que te deixam… Molhado ou bagunçado, oras. O sploshing faz parte, referindo-se especificamente a comidas que te sujam – bolos, xaropes, sorvete, chocolate, leite condensado, vinho, azeite (acreditem, uma amiga me contou da experiência e não acreditei, até que experimentei!).
Gunge – outro termo inglês: gosma. O foco é ser pegajoso, como marshmallow, geleias e frutas em conserva.
Nyotaimori – é japonês, mas começou nos restaurantes de luxo dos Estados Unidos. A arte de servir sushis e sashimis em um corpo despido.
Body shot – jogue tequila ou outra bebida num corpo apreciável enquanto bebe, lambe ou aprecia.
Consolos – pepinos, cenouras e outros alimentos podem ser introduzidos para dar mais tesão. Sei que não vão engravidar ou passar uma DST (se muito bem higienizados, claro), mas por segurança, use camisinha. É um corpo estranho dentro do seu, traz riscos de contaminação.
Figging/ gingering – prática polêmica com registros na antiga Grécia e na franquia “Cinquenta Tons de Cinza”: gengibre (descascado) no ânus para esquentar e dar uma ardidinha. Além do perigo mencionado, a acidez do gengibre pode até causar queimaduras nas mucosas.
Formas, texturas, temperaturas… Ficou excitado? Então, é sobre isso que estou falando! Tenha sensatez e mente aberta para se intoxicar com aromas inebriantes, o atrito dos líquidos na pele e o sabor diferenciado que uma iguaria ganha no corpo (comer não é exigência, mas uma opção deliciosa).
AUTOR: FIEL
Às vezes me pedem para ser mais Rafael quando sou Fiel, às vezes para ser mais Fiel e menos Rafael. A verdade é que eu nem sei mais, os dois são um, e um são dois ao mesmo tempo, ou talvez em seus momentos.
Uma resposta
Sou praticante do splosh há mais de 10 anos. Infelizmente ele ainda é bem pouco conhecido no Brasil e logo tem poucos praticantes.