Parece um tema básico para falarmos. E é mesmo! Mas já vi muita gente se perdendo um pouco e até evitando se aventurar pelo lado não baunilha da vida por medo de ser obrigado a fazer algo que não gosta. Lembrando: ninguém é obrigado a nada, tá?
A primeira coisa a se ter em mente é a diferença entre fetiche, BDSM e sexo. Três mundos que se complementam, mas que são totalmente independentes.
Fetiche é, por definição, sentir prazer sexual por algo que não é um órgão sexual. O couro te dá prazer? O látex? Brinquedinhos? Ver alguém de uniforme? Pés?
Mas você̂ pode ter um fetiche sem curtir práticas de BDSM, como bondage, dominação, disciplina, dor e humilhação. Isso não quer dizer que você̂ não pode explorar seus desejos só porque não quer apanhar enquanto faz isso. É muito mais comum, inclusive, ser um fetichista assim – um estudo canadense da University of Quebec já revelava em 2016 que pelo menos metade da população tem algum fetiche!
Ok, pode ter fetiche sem BDSM, assim como BDSM sem fetiches. Mas e quando a sexo? É a mesma coisa: você̂ pode trazer o orgasmo sexual para qualquer momento, mas também pode curtir seus fetiches, pode até fazer sessões de BDSM, sem que haja sexo. O prazer é seu (e de quem te acompanha nessa), e ninguém tem que ditar as regras.
É justamente isso que nos permite ter pessoas de todos os tipos, sexos, gêneros e orientações sexuais compartilhando de uma (ou mais) comunidade.
Todo dominador é ativo? Todo fetichista gosta apanhar? Todo dog é passivo e submisso? Um homem hétero não pode ser submisso? Temos que quebrar esses tabus que a maioria das pessoas tem para podermos nos conhecer sem pré conceitos, nos expressarmos melhor e, com isso, sermos mais felizes afinal.
AUTOR: FIEL
Às vezes me pedem para ser mais Rafael quando sou Fiel, às vezes para ser mais Fiel e menos Rafael. A verdade é que eu nem sei mais, os dois são um, e um são dois ao mesmo tempo, ou talvez em seus momentos.
GUIA COM FOTOS: PASSO A PASSO DE UMA SESSÃO BDSM