EREÇÃO
Já tratamos um pouco sobre esse tema no post sobre “Impotência”.
O sildenafil, mais conhecido com Viagra, foi lançado em 1998 incialmente como anti-hipertensivo e revolucionou o tratamento da disfunção erétil, ou a dificuldade para ter ou manter a ereção do pênis. Sua função é inibir uma enzima que degrada uma substância que causa vasodilatação no pênis, facilitando assim a ereção. Normalmente tem uma duração de ação de até 6 horas, mas a ereção só costuma ocorrer após algum tipo de estímulo sexual. Ele também é usado para tratar algumas doenças graves, como a hipertensão pulmonar, pois essa vasodilatação não ocorre só no pênis.
Foi sucedido por outras apresentações da medicação como a tadalafila, que apresenta uma meia vida mais longa, de até 36 horas.
Caso uma pessoa sem disfunção erétil utilizar essas medicações, pode ocorrer um problema sério do pênis que é o priapismo, que é uma ereção dolorosa e irreversível, sendo necessária uma drenagem por meio de uma agulha aspirando diretamente o sangue acumulado no pênis. Parece bem ruim né?
Além disso, há outros efeitos colaterais dessas medicações: – Quando utilizado por pessoas com problemas cardiovasculares prévios pode acarretar queda abrupta da pressão e até parada cardiorrespiratória;
- Rash cutâneo e vermelhidão;
- Dor de cabeça;
- Dor de estômago;
- Congestão nasal;
- Disfunções oculares na retina também conhecida como “visão azul”.
O uso recreativo dessas substâncias muitas vezes está associada com o abuso de algumas drogas que exatamente podem causar disfunção erétil: cocaína, ecstasy, MDMA, ketamina, poppers. Isso aumenta ainda mais o risco cardiovascular, pois todas essas drogas também possuem efeitos na sua circulação.
Portanto, evitem utilizar tais substâncias sem supervisão médica, principalmente em associação com outras drogas.
Aparentemente o quartinho de Viagra em Ipanema não parece tão inofensivo assim né?
AUTOR
Dr. Vinicius Lacerda Ribeiro
Médico Cirurgião do Aparelho Digestivo
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