Faz tempo que quero escrever sobre age play, e faz tempo que venho enrolando. Não foi fácil, admito. Tenho pouquíssima experiência, praticamente nula e bem amadora…
Mas ainda bem que uma comunidade se constrói de pessoas, e pude contar muito com a vivência e dicas de muitos aqui!
Acontece que é uma prática bem sutil. Muitos a vivem sem nem perceber. Existem os perfis mais claros, pessoas que gostam de usar ou trocar fraldas e agir como bebê; pessoas que gostam de ser chamadas de “papai” ou “titio”, às vezes por alguém até mais velho. Mas sabe quando você acha excitante o cara colocando um boné, virando para trás e fazendo cara de safado? Bem “moleque”? Isso também é age play.
Afinal, o nome já diz tudo: é um jogo de idades. Sua certidão de nascimento deixa de ser importante. Seus vínculos com o parceiro deixam de ser importante. O que importa é o papel que cada um sente prazer em adotar.
E quem disse que há regras ou limites? Adivinhe: ninguém que realmente importa… Quer ser um ano ou 30 anos mais velho? Quer ser um ano ou 30 anos mais novo? Desde que isso altere a forma como você age no dia a dia, a sessão começou!
Seja para se sentir mais vulnerável e dependente de um adulto ou responsável, ou seja para sentir o carinho que um “daddy” pode dar (de paizão mesmo, e não de sugar daddy!), age play funciona como qualquer outra prática que envolve interpretação. E, assim como todas elas, gera uma série de polêmicas e pensamentos equivocados que nem vale a pena recordar. Lembre-se: se você distorce os fetiches para justificar distúrbios ou se, mesmo sendo “kinky”, curte um julgamento, a verdadeira comunidade BDSM não é o seu lugar.
O tempo é relativo,
Eles dizem…
A idade não importa,
Eles dizem…
O que conta são os papéis
E não é do RG que estou falando.
AUTOR: FIEL
Às vezes me pedem para ser mais Rafael quando sou Fiel, às vezes para ser mais Fiel e menos Rafael. A verdade é que eu nem sei mais, os dois são um, e um são dois ao mesmo tempo, ou talvez em seus momentos.
GUIA COM FOTOS: PASSO A PASSO DE UMA SESSÃO BDSM
Respostas de 2
Adorei esse texto. Estou naquela fase de descoberta do que gosto e o roleplay me abriu possibilidades. Quero ser o moleque de algum pai…
Seja bem vindo filho!