1º BDSMCAMP BRASIL – RELATO – DOM BARBUDO

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CONTANDO A HISTÓRIAATENÇÃO – Esta postagem faz parte da sequência de publicações que conta a história do que foi este projeto chamado BDSMCAMP BRASIL e vale lembrar que foram 09 edições no total e não existe NENHUMA intenção de promovermos um novo encontro.

A dor.

Causei tanta dor, quanto recebi, só que com significados diferentes.

Ah significados, são tantos, alguns metafóricos, outros tão diretos.

Isso tudo começou em São Francisco, quando conheci meu amigo Brenno Furrrier.

Foi tão surpreendente nosso primeiro contato que até hoje não acredito na simplicidade do gesto. Ambos estávamos em uma festa privée na época da Folson Street, em uma festa quase que secreta e nunca imaginaria encontrar outro brasileiro por lá, pois ele me achou, estendeu a mão e tivemos nosso primeiro contado:

  • Prazer, disse ele, sou o Brenno de Recife.

Não nos desgrudamos mais, nos divertimos pacas naqueles dias.

Foi dele a proposta para fazermos esse evento.

Será? Pensei com cautela, o que ganho? Foi outra pergunta e ele sempre respondendo com aquele jeitão sedutor, “É pelo BDSM Nacional amigo, precisamos fazer isso”, acreditei nele e juntos criamos essa parada.

Que viagem! Pensei que seria um final de semana cheio de dinâmicas e fantasias.

Quanto engano, foi a uma das viagens mais intensas que ele me proporcionou.

Cheio de momentos de intensidades pessoais, todos tivemos seus ganhos. Muita coisa aconteceu e tinha tudo prá dar errado: imprevistos de saúde dele, cancelamentos de participantes entre outros, foram desafios que enfrentamos juntos. E nada nos fez cancelar, para desânimo daqueles que torciam contra.

Na véspera tive que fazer uma cirurgia para retirada de um cálculo renal, estava em mesa de operação há menos de 12 horas do início do CAMP e mesmo assim, fui como prometi para ele.

Dizem que o nome disso é amizade, mas não acredito.

Tenho certeza que é muito mais que isso, é um compromisso com o parceiro, com aquele que acredita na gente, que deposita suas expectativas e que se entrega em nome de algo, como em uma sessão: a entrega em troca de algo que não tem um só nome, pode ser tesão, fetiche, sonho, fantasia, medo, sedução ou amor. Amor no BDSM? Sim, sejamos mais amplos, abra a sua cabeça, amor pela vida e pelas possibilidades que ela nos traz.

Mas EU, EQUIPE e BRENNO estávamos todos lá e felicidades para quem ficou, pena de quem desistiu… (gargalhadas sádicas aqui), aliás pena nada, eles não acreditaram e perderam, mas como a vida já me ensinou: vamos valorizar aqui quem ficou!

E muitos homens de diferentes tipos ficaram, não citarei nomes, apenas tipos:

  • Um menino meigo, corajoso e forte no seu corpo esguio, com um olhar distante, em viagem constante, por vezes até distante, mas essa era apenas uma aparência, na verdade ele era um dos mais ligados, com menos ansiedade captou os detalhes. Foi engraçado e divertido, espirituoso e extremamente submisso. Quando o tesão lhe tocou, não negou fogo e mesmo em silêncio teve seus objetivos, cumpridos em cada escalada. Ele já foi meu submisso em sessão individual e desde então, tenho um doce apreço por ele;
  • Admiro sua inteligência e percepção da realidade, sua memória me assusta. Ele é capaz de narrar os detalhes de uma cena que aconteceu há um ano e seguido faz isso. Sim ele é intimo, faz parte da minha Família BDSM, é um cara sensível, por vezes precisa de colo e proteção, outras vezes é meigo e carinhoso, seja como for, ele é intenso, incansável, resistente e forte, na queda e para levantar. Como disse, admiro ele, aconteça o que acontecer, nunca esqueço seu primeiro olhar.-
  • Esse é puta! Vagabundo, safado, gostoso, sem vergonha, provocador, chego a suar nas mãos quando penso nele, pois é desafio puro. Tenho vontade de algemar suas mãos e pés, calar sua boca, vendar seus olhos, amarra-lo no poste e com toda o deboche do mundo, dizer no seu ouvido: “agora sai dai veado, quero ver isso”. E o pior, ele é capaz de sair. Já peguei ele também, gargalhadas!! E garanto, esse cretino é uma delicia, já me esbaldei nesse corpinho!
  • Homem experiente, cheio de verdades e técnicas, sabe tudo, vê tudo e comenta tudo, mas a alma de escravo lhe trai! Ele pode ver, dizer, comentar, palpitar, mas deliciosamente pede por um saco para entrar, talvez seja a única forma de lhe fazer calar, com uma gag na boca, fones no ouvido, amarradinho e preso em um saco leather ou camisa de força. Mas além de tudo, foi lindo ver ele gemendo com os choques dos eletrodos. Outro momento especial foi em uma das refeições, quando eu pedi silêncio, mas ele não parou, manei que calassem e não adiantou, era ele quem puxava o papo… levantei e todos ganharam esparadrapo na boca, ele especialmente deve ter adorado!
  • Ele pode chegar a magnata, não importa sempre terá um olhar baixo ao me avistar. Sou seu HERÓI, fui o primeiro quem ele viu quando entrou nesse universo BDSM e demonstra toda essa adoração por mim. Acho mágico isso e não imaginava causar essa revolução de sentimentos nas pessoas, vi ele ajoelhar lentamente, como quem pede por humilhação. Ganhou uma sessão individual e foi pura catarse, uma das mais fortes até hoje, das 175 registradas.
  • Uma grande surpresa esse cara, em todos os sentidos. Tive momentos espetaculares com ele, de puro tesão, do tipo que não precisa de milhares de acessórios para fazer delirar. No nosso caso foi a simplicidade que agiu, com ingredientes como o vento, o gelo, o toque, a voz, as sensações e o beijo, que foi a energia para fazer o foguete decolar. Ele me chamou de “Deus nórdico da dor”, mal sabia ele quanta dor eu estava sentindo e superando para fazer-lhe viver um tesão. Foi muito intenso e ainda masturbo por vezes pensando no cheiro da pele dele, nos gemidos e naquele corpo que provei. Ao mesmo tempo, fiz ele suar e gelar de tesão.
  • tenho objetivos na vida e um deles há muito tempo foi: pegar um “corno hetero”. E não é que o chavão que dizem por aí existe, “que o mundo conspira a nosso favor!”. Pois é, quando EU li sua ficha, quase não acreditei, pois seu maior desejo era viver a experiência de ser corno, receber humilhação, ser alvo de deboches e principalmente fantasiar em cada um de nós um Ricardão potente, sarcástico, poderoso e macho. Fui tudo isso para ele, por muitas vezes, quase toda hora, afinal era a materialização do meu fetiche, encontro puro de desejos. Fiz muita dominação psicológica com ele, disse tudo o que queria ouvir e fiz esse cara gozar como nunca tinha sentido antes, ele gritou muito alto quando chegou ao extase. Ele gritou no meio da floresta, foi como um grito do Tarzan, pena que você não estava lá para ouvir o tamanho do seu prazer. E nem posso dizer “fica prá próxima”, pois a próxima nunca será igual, cada qual é única.

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1 comment

  1. morroi 29 julho, 2021 at 07:11 Reply

    Encontrar as pessoas certas faz toda a diferença na nossa vida! Estar perto de pessoas que dividam interesses comuns nos complementa, alimenta a alma e nos motiva. O encontro com Brenno e com esses subs com certeza foi um belo momento em sua vida, Dom Barbudo. Só sinto que eu não tenha tido a oportunidade, rsrs.

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