Muito prazer, sou oficialmente o número 346 agora. Gostei do meu número, rolou um apego com ele.
Dom barbudo, meu MESTRE me pediu um relato sobre tudo que aconteceu em nossa sessão. Vou dividir meu relato em três partes, antes da sessão quando era uma pessoa e depois da sessão quando me tornei outra e o recheio entre essas duas partes, a sessão, que é puro tesão.
ANTES
Conheci o MESTRE em um desses aplicativos. Vi ali um perfil com uma proposta interessante e mandei um oi. Assim despretensioso, quase sem nenhum respeito. Preciso contextualizar aqui que eu não conhecia a cena BDSM além de filmes da internet, nunca tinha me informado a respeito e, portanto, não conhecia Dom Barbudo e tudo que ele representa. Nunca tinha lido seu site também. Ele me pediu para visitar seu site na internet e preencher o formulário caso quisesse continuar. Ao começar a ler aqueles relatos fui tomado de um tesão incontrolável, mas também de uma tensão enorme. Eu estava trocando mensagens com uma pessoa importantíssima da cena BDSM e nem havia me dado conta disso. Pânico. Posso ter minha primeira experiencia real com um dominador. E não com um dominador qualquer. Será que sou realmente submisso? É isso que eu quero de verdade? Vou gostar? Encarei o pânico e voltei a trocar mensagens com o MESTRE. Ele rapidamente me explicou o básico e já começou a me colocar no meu lugar, o de submisso. Meu tesão só aumentava. Lia seu site todos os dias, me deliciava com os relatos. Sonhava em ter um número para mim.
Ele me disse que gostaria de marcar uma sessão em pouco tempo, mas imaginei que ainda fosse demorar semanas. Não demorou. Ele me chamou numa sexta-feira e me disse para estar preparado pois aconteceria em algum dia da próxima semana. Explosão de sentimentos. Comecei a surtar. Calafrios. Mal trabalhei essa semana até que ele definisse a data. Foi difícil me concentrar em alguma coisa. Ele me disse que me queria com a camiseta do meu amado Palmeiras, pois como corintiano, o MESTRE tem um fetiche especial em castigar palmeirenses como eu. Mandei fotos de todas as minhas camisetas e ele escolheu qual deveria vestir no dia. Finalmente o MESTRE marcou a sessão e o tesão deu lugar ao pânico. Surtei literalmente. Foi difícil até de respirar. Depois do almoço eu não tinha condições de pensar em nada e foi aí que o MESTRE começou a me ensinar o que é confiança. Ele me acalmou com suas palavras e garantias. Segui a tarde toda nervoso, mas já num nível controlável. Sem surtos.
O RECHEIO DE PURO TESÃO
Ao chegar na sessão, seguindo as instruções já tão bem detalhadas aqui por tantos submissos, ajoelhado no capacho, meu coração disparou novamente. Silencio, não se ouvia nada além da música do ambiente. Madona, claro. Curiosidade, tensão, desespero, falta de ar, e de repente uma barba na minha nuca; e tudo mudou. Nada mais será como antes, depois daquela barba na minha nuca. O MESTRE era como eu imaginava até ali. Firme nas suas palavras, mas sem histeria. Ele é educado, sabe colocar você em seu lugar de submisso sem perder a linha. Seu estilo de dominação é com elegância. Uma elegância muito sutil, ele fala baixo, e mesmo assim sua voz tem autoridade. Ele me vendou e confesso que foi ótimo ser privado da visão. A confiança é muito importante nessa hora. Todos os demais sentidos se aguçam. Descobri que tenho olfato, coisa que raramente observo. E que cheiros! Nunca em toda minha vida pensei que seria tão prazeroso sentir todos aqueles cheiros. Couro, meias, cueca, calça, botas, tudo lindo, tudo com aromas inebriantes. Cheirei até quase ficar tonto. Sinto saudades já dos cheiros.
O mestre me humilhou a partir daí, sempre com seu estilo autoritário e firme, mas com uma elegância primorosa. Lambi o chão aos seus pés, rastejei, e gostei de tudo isso. Aliás ele disse que eu gostaria antes mesmo que eu fizesse. O MESTRE é experiente. Sabe decifrar os desejos de seus submissos. Ele também me fez beijar o símbolo do Corinthians, claro.
O MESTRE soube entender meus limites. Sabia que eu precisava me adaptar, entender, me autoconhecer na pratica. Que sorte a minha um MESTRE tão experiente na minha iniciação. Foi linda minha primeira sessão.
Tivemos alguns pontos altos. A forma como fui encoleirado foi sublime. Adorei esse assessório e quero usar sempre com o MESTRE. Sem sequer ter me visto com ela, me senti bonito. Adorei. Outro ponto alto foi a algema nos pés. Que algema linda, de couro. Eu adorei ver meus pés algemados e acorrentados, aquilo foi puro tesão.
DEPOIS
A sessão acabou e não conseguia tirar o sorriso do meu rosto. Até agora ele está aqui. Como fui patético, pensei. Todo o medo que senti antes era desnecessário. Sei que isso é parte do processo de qualquer iniciante e longe de mim dizer a algum submisso que ainda não foi iniciado que não deve sentir isso. Deve sim, potencializa o tesão, ajuda, é ótimo, mas não deixe esse medo te paralisar, pois o que aguarda no final é uma sensação inexplicável de prazer.
Dom Barbudo conquistou meu respeito e confiança por toda a forma que me conduziu no processo. Entrei em sua masmorra como um submisso potencial e acho que sai de lá como um submisso em processo de aprendizado.
Não sei o que acontecerá depois de hoje. Até ontem achava que jamais seria capaz de fazer algo parecido com o que fizemos, e hoje me sinto leve. Existe prazer em servir. Existe prazer em ser usado. E como me olhava! Meu MESTRE, que olhos penetrantes!
Encerro meu relato com uma confissão que não fiz para o MESTRE durante a sessão. Em algum momento ele me disse bem baixinho no meu ouvido que poderíamos treinar para que um dia eu pudesse servi-lo em público. Eu fiquei louco só de pensar nisso. Hoje no carro vindo para o trabalho eu ri sozinho, só de pensar na ideia. Foi o mesmo riso de ontem após a sessão. Será?