Jurava que ele é ator. Logo que entrei na casa dele me remeti há um sexo que rolou há muitos anos, talvez pelo estilo descolado ou mesmo pela aparência, sei lá algo me conectou com aquele homem do passado.
Naquela época o nome da transa era Dráuzeo, um cara todo alternativo, que morava em uma republica e que tinha como profissão o oficio de ser ator, estamos falando da época que morava em Porto Alegre.
Transar com ele foi maravilhoso, pois mostrou-me um lado alternativo, um jeito bem menos cartesiano de levar a vida. Ele não tinha cama, dormia em almofadas assim como outros móveis, sem muitos aparatos e ao mesmo tempo, vivendo de forma leve e divertida.
O mais importante para o Dráuzeo era a liberdade de ser o que se é e viver a vida intensamente e feliz, mesmo que sem grana. Além de tudo isso ele era muito gostoso, do cabelo cumprido, do cheiro e da ousadia, tudo envolto em um mundo muito diferente do meu.
Com ele fiz loucuras e as transas eram sempre muito intensas.
Tínhamos um grande grupo de amigos em comum e entre eles uma socialite, que apesar de seguir as regras rígidas e de bom comportamento, também estava em transformação. De fato, o começo da vida adulta é um mar de descobertas.
Pois esta amiga fez uma festa, caretíssima, chique e bem comportada, mas cometeu o atrevimento de misturar públicos, entre ricos, descolados, alternativos e libertários. A festa rolou tranquila até o momento em que os libertários começaram a puxar as pessoas e quererem dançar homem com homem e mulher com mulher, mulher com vários homens e vários homens com todxs, virou uma confusão sexual e nessa animação toda estava Dráuzeo, nossa ele era meu ídolo, até então o sinônimo de liberdade sexual.
O cara percebeu meu olhar, sacou minha paixonite e me puxou para o jardim e ali, no meio da high Society transamos ardentemente e o melhor, alguns casais se contagiaram e o clima transformou-se em Sodoma e Gomorra!
No dia seguinte minha amiga ainda perguntou:
“Fiquei sabendo que vocês transaram no jardim de casa, é verdade?”
Quem te contou?
Papai, que viu pela janela.
Bom, demorei um bom tempo para voltar até a mansão, gargalhadas!
Aquele encontro me marcou muito, tanto que nunca esqueci.
Quando encontrei esse menino essa lembrança veio como em um flash, portanto grande parte deste encontro já estava fadado a dar MUITO certo.
Ele mora em uma república. O cara é lindo, digo muito lindo mesmo, com traços fortes, rosto com desenho masculino, sobrancelhas marcadas e uma barba preta bem aparada. O corpo dele é desenhado, forte, de alguém que malha, peludinho, elegante e gostoso, perto dos 25 anos , com ingenuidade no olhar. E para completar o perfil, um homem de poucas palavras e deliciosamente tímido.
Fui até a república onde ele mora e fui conduzido para uma sala onde podíamos ficar sozinhos, só que não tinha nenhuma luz, era escuridão total, somente nos víamos pelo jogo de sombras.
No canto tinha uma poltrona, perto de uma ladeira e fomos para lá. Sugeri que ele ligasse a lanterna do celular e ficou uma luz paralela, só para sairmos da escuridão total. Gosto de ver o corpo, o rosto e as reações.
Dizer que ele é atraente é pouco, um rapaz bem formado, gostoso, estilo folgado e com um cheiro de deixar qualquer um duro.
A cada arreto (é assim que falamos no sul, quando dois homens se pegam e sentem prazer juntos) ele jogava o corpo pra trás e respirava profundamente.
Não posso reclamar da minha história, dos privilégios que tenho em pegar homens como esse e em contrapartida, sei como deixar esses caras loucos de tesão, as vezes faço por desafio quando o cara é apático e de poucas emoções e em outras, pelo mais profundo e intenso prazer.
Fico louco quando eles me olham e percebo a sensação que estou causando e o quanto isso poderá marcar na sua memória.
Depois que gozamos, começamos um papo incrível e foram horas conversando, ambos pelados, falando das vidas, realizações. E sonhos.
E foi uma das melhores companhias. Esse menino me deixou muito feliz, um cara inesquecível.
E no final estava até sendo apresentado para os seus Amigos.
