Dia de domingo ensolarado, um calor dos infernos e uma certa ansiedade, mesmo que pequena.
Era 29/05/2016, dia de sair em um carro da Parada Gay de São Paulo, momento de diversão com os amigos e de brigar pelos nossos direitos e expor o couro para ser visto e admirado.
Será que vão me ver? Será impactante?
Conseguirei mostrar o orgulho pela Cultura Leather?
Todos meus amigos estão com máscara e só eu com o rosto desnudo, sempre foi assim, sem máscaras.
E foi nesse dia tão especial que ele me viu pela primeira vez, eu lá em cima do carro, todo em couro, com um quepe e dois floggers na mão e ele lá embaixo, com o namorado, detalhe que fiquei sabendo depois.
Diz ele que olhei diretamente em seus olhos e ele congelou o corpo e endureceu o pau. Estava com o namorado e foi constrangedor.
Sim, nós os gays tempos olhos de lince.
O carro passou e a vida seguiu.
Ele mais tarde encontrou-me pelo aplicativo, mas não ganhava atenção.
Só queria ser voyeur e neste caso, muitos são iguais e só querem saber como rola uma sessão. Confesso que prefiro os corajosos, aqueles que se aventuram e entregam-se.
Pedido de voyeur tenho aos montes, quase que diariamente.
Ele até mandou fotos irresistíveis, mas era para ser só voyeur, certo?
Mas o papo esquentou quando ele me contou sobre o que sentiu em 2016 e que “bateu muitas punhetas pensando em mim.”
Bom, aí começou a interessar…
SINAL DE ALERTA!
Então mandei a foto da parada.
A reação dele foi incrível… começou a exclamar em maiúsculo: ISSO, CARALHO, ETC… ISSO MESMO, FOI ESSA, NESSE MOMENTO, CARALHO, COMO TEM ISSO?
Esse já tá no papo, logo pensei.
Mais conversa e sem chance de virar real. Tava bem difícil e o rapaz gostoso mostrando certa intenção, mas quase nada de coragem.
Parti para outra estratégia: a dominação psicológica.
Fiz ele me desejar tanto, que chegou o momento que estava implorando por um encontro.
Comecei criando dependência e obediência e como prêmio teria seu dia de Voyeur.
Escolhi durante alguns dias as suas roupas diárias, a camisa do seu trabalho, a cueca que usaria, enfim já estava com sinais de dependência psicológica.
Mandei fazer um relato e já lá deu prá perceber o tamanho do seu desejo.
Ele é meu, não tenho mais dúvidas.
Agora que tenho o submisso sob controle quase que o dia todo, por todos os dias, precisava planejar a cena, uma sessão para atrair o gato.
Aliás, que gato!
Convidei o meu loiro preferido, o número 418 e um Dominador Amigo para uma sessão entre nós três para o voyeur observar.
O Dom chegou. O loiro chegou logo depois e a sessão começou. Quem resiste a esse loiro marrento?
Este é o Loiro Marrento – Fetichista 418
Além de ser sexy e gostoso, ele é cativante e o DOM ficou doidinho por ele.
Este é o DOM MEU AMIGO, lindo, gostoso e poderoso!
Porteiro avisa: “ELE” chegou.
Abro a porta e olho quem é ele.
“É VERDADE ESSE BILHETE?”
Esse homem será meu submisso? Sim, já é desde 2016, só faltava o click da coleira.
Eu cuidei dele como uma jóia.
Na verdade já tinha me antecipado e até tinha um acessório novo, que sempre desejei e tinha esse plano mesmo: de usá-lo com alguém fora do comum, que fosse tão especial, sensual, misterioso e musculoso que encheria com perfeição as tiras de couro.
Estou falando do acessório “ARMBINDER CUFFS” dos amigos Jack Napier e HarleenNapier da @bdsmluxury, uma peça de couro que simula, de alguma forma, uma camisa de força e imobiliza totalmente o submisso.
Ele chegou com roupa social, uma camisa justa que marcava todos seus músculos. Caramba, não tinha sacado nas suas fotos como esse cara é tão gostoso.
Peguei uma sacola e fiz suspense dizendo que aquele acessório tinha sido produzido exclusivamente para ele, o que de fato aconteceu.
Ele estava nitidamente tremendo.
Mandei despir-se e levei-o para a frente do espelho e vagarosamente fui colocando o “armbinder cuffs”, ele estava fora de si, gemia, suspirava e o pau duro como uma pedra.
Era isso que ele precisava.
Ele tremia tanto que pensei que seria mais um a passar mal, afinal já vi essa cena do medo superar a razão.
Ficou espetacular nele, como eu imaginava.
Agora tenho o cara tão lindo e esperado com sua veste, que mais sexy, não poderia existir.
Não existia mais ninguém na masmorra e eu queria isso mesmo.
O loiro estava servindo ao outro DOM, que por sua vez estava bem ocupado.
Eu travei seu pescoço em uma barra de metal com a coleira e uma corrente e o seu olhar era só meu, sua cabeça não mexia nem 10 graus.
Foi tipo transcendental entrar dentro do seu olhar, sentir aquele desejo e tesão que agora eram só meus.
Passei as mãos nele, a barba, lambi, mordi e chupei seus mamilos, masturbei, beijei, fiz tudo o que queria do meu objeto e em todos os momentos fui correspondido.
Enquanto isso, loiro e Dom praticando, ou seja: tudo sob controle.
Coloquei as luvas vermelhas e até filminho fiz em seu peito perfeito.
Mas ainda faltava o principal: tomar posse de fato e sentir a sua entrega.
O voyeur obviamente permanece com os sentidos atentos, mas obviamente a visão era o mais privilegiado deles.
Pois foi suprimindo a visão que percebi que teria de fato conquistado a sua entrega e confiança.
Coloquei uma venda e busquei o massageador.
Ele estava tenso na parede, seu corpo todo rijo.
Aproximei e ele sentiu o prazer da massagem, do meu toque que faz o corpo relaxar e excitar algumas das partes, como mamilos, pau, rabo, coxas, pés, etc…
Agora ele era total meu.
Ainda chamei o Dom e o submisso 418 e pedi que lambessem ao mesmo tempo seus mamilos.
Foi o máximo, que cena linda.
E ali estavam todos os sentidos aflorados.
As práticas seguiram e o então voyeur de fato tornou-se MEU.
Esse filhão agora tem dono e controle e logo verão ele em várias situações ao meu lado, pois ver e ser visto beiram o mesmo fetiche: EXIBICIONISMO.
E disso ele gosta muito, além de receber ordens, mas não de qualquer um.
ELE USA A MINHA COLEIRA, SOU O SEU DONO E SENHOR, DESDE 2016!