Como muitos sabem, depois de ter vencido o Concurso MR LEATHER BRASIL patrocinado pelo BAR EAGLE/SP e que só foi possível depois da conquista de um espaço, muito em função das festas Leather Men Night, do Carlos Notari, participei do Concurso MR LEATHER INTERNACIONAL em Chicago.
O IML, como é conhecido o concurso, acontece uma vez por ano em Chicago no mês de maio e isso vem desde o ano de 1979 e é o maior dos eventos sobre o assunto, pois reúne os ganhadores de concursos regionais de várias partes mundo, que juntos competem pelo título maior.
O concurso tem duração de quatro dias com várias provas de avalição dos competidores, mas acontece paralelamente uma feira com vários expositores e palestras, cursos, workshops.
É a maior concentração de pessoas interessadas na cultura leather e praticantes de BDSM e a cidade respira couro e sedução.
Os concorrentes precisam participar nas suas regiões e serem indicados por um bar regional, afiliado à organização, portanto não é possível querer inscrever-se, precisa ser reconhecido e indicado pela comunidade, o que naturalmente já é um grande prêmio e, por isso, todos os participantes são muito respeitados e valorizados pelo público em geral e pela comunidade leather internacional.
É uma honraria participar deste concurso, daí a grande importância de estarmos presentes em algo tão grandioso e entrarmos definitivamente para o cenário internacional.
Os criadores do concurso foram os Senhores Chuck Renslou e seu companheiro Dom Orejudos na década de 1970, o que certamente foi um grande feito.
A organização do concurso envolve muitas pessoas, muito mais do que se possa imaginar e muitos deles são voluntários, são incríveis, com uma dedicação exemplar e amigáveis, trabalhando com muito carinho para tudo dar certo e sentirmos afeto e apoio nos momentos mais difíceis.
Tal importância e responsabilidade não devem ser apenas comemoradas, entendo que a vida de um Mr Leather, seja ele do lugar que for, precisa trabalhar e ser um facilitador da comunidade, trazer à tona tais assuntos e ter em mente que assuntos precisam ser tratados e desmistificados, ainda mais em um país como o nosso, onde existe o maior índice de assinatos das pessoas LGBT.
E por este motivo, estou cada vez mais envolvido, com vários amigos e companheiros na divulgação desta cultura, mais especificamente através do programa Coletivo Leather e BDSM.
Nada se constrói sozinho e temos muito trabalho pela frente.
Fui o primeiro representante do Brasil neste evento e agora entramos com o pé direito no cenário internacional. Que venha o próximo concurso e vamos torcer para que esta tradição que se iniciou, nunca acabe.