Vamos dizer que chegamos ao momento em que as “chuvas” não estão tão fluidas, estou falando da polêmica “chuva marrom”, o “scat”, fetiche que envolve cocô!
Até de começarmos temos que deixar bem claro que “shaming” com fetiches dos outros não dá mais, né!? Aos olhos dos outros nossos fetiches também podem soar estranho (no meu caso não é todo mundo que gosta de ficar dando choques elétricos no coleguinha), então devemos sempre respeitar os fetiches alheios! Se tem sanidade, segurança e consensualidade, não cabe a nós ficarmos julgando!
O bolo fecal é o resultado final do processo de digestão, são compostas pela sobra dos alimentos que não é digerida e outras substâncias que são excretadas pelo organismo (como por exemplo a bilirrubina que é a substância responsável pela coloração das fezes). Ou seja, todo mundo “caga”, não há razões para ficarmos tão avessos quando o assunto é fezes.
O fetiche em scat na maior parte das vezes está ligada a humilhação, como o fato de “reduzir” a pessoa ao nível de um vaso sanitário, mas também envolvem pontos como textura, odor e ingestão. Outra é forma de componente sexual, no sexo anal, por exemplo.
Assim como toda prática fetichista, o scat tem seus riscos, que afetam principalmente a saúde. Um dos cuidados primordiais é a alimentação, que vai impactar diretamente nas fezes, afinal o que entrar é o que vai posteriormente sair (consumir bastante fibras), evitar o consumo de alimentos alérgenos. Ingerir bastante água. Fezes não são estéreis, nosso intestino possui flora bacteriana natural com bactérias boas e más, então há presença de microrganismos nas fezes. O praticante de scat também deve ter um cuidado especial com os parasitas gastrointestinais, fazendo uso frequente de vermífugos. Muito cuidado com a manipulação de fezes perto da vagina, por ter microbiotas diferentes, aumenta se o risco de desenvolvimento de infecções vaginais e urinárias.
As fezes dizem muito a respeito da nossa saúde, são um importante método de diagnóstico de enfermidades, e inclusive são usadas em tratamento médicos (caso do transplante de fezes). Estejam atentos as fezes de vocês, caso detectem algum problema procurem um médico! E quebrem esse tabu! Todo mundo faz cocô!
AUTOR
Dom Gustavo (Sereia)
Goiano do interior, médico veterinário de grandes animais e drag queen nas horas vagas, se encontrou no BDSM como dominador sádico e iniciante na arte shibari.
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Twitter: @domgustavo_gyn
ELECTRICAL PLAY OU ELECTRO PLAY – ELETROESTIMULAÇÃO ERÓTICA