Eu queria entender o que leva uma pessoa a não entender um “não”. Qual é a dificuldade cognitiva em uma pessoa para saber que não é não?
Aprendemos desde cedo o significado dessa palavra. Não é não! Ponto! E isso vale para qualquer situação, seja no trabalho, na família, em um encontro, em um relacionamento. E pior do que não aceitar uma negativa, é ficar se lamentando, é ficar se doendo, é achar que você é tão superior que a outra pessoa não têm o direito de dizer não.
Óbvio que ninguém gosta de receber uma negativa, mas não é por causa disso que eu vou ficar surtando, criando caso, fazendo “picuinha”. Se não deu certo, não deu. Bola para a frente. Vida que segue.
Trazendo isso tudo para o nosso contexto, quando eu fico sabendo de situações em que um Top não aceitou um não de um bottom ou quando um bottom não aceitou um não de um Top, eu não consigo enxergar de outra forma que não uma questão de ego.
Quando a pessoa passa a acreditar que precisa sempre vencer algo ou alguém para se sentir bem, isso nada mais é do que deixar o ego (neste caso, ferido) falar mais alto do que a realidade.
Aqui neste nosso universo, muito mais do que no universo baunilha, as pessoas deveriam respeitar mais a opinião do outro, deveriam entender que ninguém é obrigado a fazer nada contra sua própria vontade, mas me parece que algumas pessoas simplesmente não entendem isso.
Talvez falte um pouco de cognitividade, de inteligência, de maturidade e, em alguns casos bem específicos, de caráter.
E antes que alguém levante qualquer bandeira, sim, este tipo de comportamento não acontece apenas com “tops”. Muitos bottoms são tão tóxicos quanto. Ou seja, essa toxicidade independe da posição escolhida e do sexo da pessoa.
Óbvio que você precisa ser claro quando não quer algo, porque é muito comum a pessoa não querer, mas ficar sem jeito de dizer não, ficar de rodeios, cozinhando o outro em banho-maria, procrastinando a situação, até chegar em um ponto crítico.
Vamos ser mais coerentes em nossas atitudes. Vamos perder o medo de dizer não. E vamos aprender a respeitar e aceitar o não. Cresçam, amadureçam e aprendam a lidar com negativas.
E para finalizar, eu deixo um conselho para todos que estejam passando por algo assim, sejam Tops ou bottoms:
Ao perceber que a outra pessoa está sendo inconveniente, ao perceber que a outra pessoa está te cerceando, ao perceber que a outra pessoa está de alguma forma te ameaçando direta ou indiretamente, de forma clara ou velada, exponha-a, pois dessa forma, a “força” que hoje eles ainda detêm, será enfraquecida, ao ponto de serem esquecidos e entregues ao limbo.
AUTOR
SENHOR ASGARD
Sádico e Dominador.
A palavra que melhor me define é sem dúvida “Intensidade”.
Entre minhas paixões destacam-se a fotografia, música, literatura, cinema e tecnologia.
Sou criativo e bem-humorado, sem deixar de ser firme em minhas convicções.
Sou alguém que apesar de abraçar certos padrões, não me limito por eles, sempre consciente de que acima de qualquer rótulo está o ser.
Minhas decisões e atos são guiados por minha lógica clara e direta, porém há sempre espaço para surpreendentes improvisações.
Observador e Detalhista.
Para mim, tudo importa. E muito pouco (ou nada) passará despercebido.
Como Dominador, espero de minha submissa inteligência e proatividade.
Sou exigente e ambicioso. Jamais me contentaria com atitudes de passividade e estagnação.
Como Sádico, desejo dar sempre um passo a mais.
Sou responsável, porém audacioso. Assisto ao sofrimento com prazer. Quando esse meu lado encontra quem realmente o satisfaça, os limites são superados e o prazer ganha uma nova dimensão.
Como pessoa, sou gentil e atencioso.
Me importo pouco com as impressões alheias. Vivo a meu modo, sem máscaras, sem excessiva diplomacia. Deixo claro minhas discordâncias e desafetos. Falo com o olhar. Sou honesto comigo mesmo.
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Uma resposta
Eu acredito que há múltiplas razões para não se aceitar um não, como bem explicado no artigo. O ego é, ao meu ver, a principal delas. Mas, mesmo pessoas de boa índole, no calor do momento, se tornam propensas a não aceitar a negativa. Por isso mesmo é que se torna necessário trabalhar a possibilidade de encarar uma negativa antes de partir pra ação.