Imergir na ‘persona dog’.
Entrar no espaço mental canino.
Mergulhar no ‘pup space’.
Tudo isso se trata de neutralizar a consciência humana e deixar seus instintos te guiarem. Latir, sentar e correr atrás de uma bolinha. Receber um afago e entrar no jogo da troca de carinho sem verbalizações, utilizando apenas o ato de acariciar, esfregar e manter o parceiro satisfeito ou tranquilo. Os praticantes do Dogplay, seja o cão ou seu treinador, utilizam códigos gestuais e comportamentais para que cada um identifique o desejo do outro. Criar, cuidar e treinar um ‘dog humanao’ pode ser tão exigente ou satisfatório quanto cuidar de um cão de verdade.
O Dogplay se caracteriza por essa válvula de escape da vida real onde as brincadeiras caninas ou o jogo de adestramento, proporcionam a conexão entre os participantes. A confiança, a perícia e a responsabilidade dos envolvidos são as mesmas exigidas como em qualquer prática do BDSM, cabe aqui citar o código do SSC (são, seguro e consensual). Existe sim o jogo do controle e do poder. Na maioria das vezes, um assume este controle e vai direcionar e conduzir o outro a esta prática de perfil físico e pscicológico.
Este fetiche também pode ocorrer quando há a presença apenas de dogs, neste momento surgem as questões da vivência em matilha: a existência de um Dog Alpha; cães novos aprendendo com os praticantes mais experientes; bricadeiras em grupo; cuidado e proteção dentro da irmandade canina; etc.
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AUTOR
RED NOSE
Woff, woof! Sou o Red Nose!
Sou um pitbull adolescente e entrei recentemente na cena fetichista.
Meu dono é o Don Dominador e tenho um irmão dog, o Pup Lewi.
No ano de 2019, foi quando resolvi sair do armário e viver o meu fetiche. Como todo principiante, fiquei preocupado em ter os equipamentos utilizados nesta prática. Pesquisando e acompanhando os ‘dog humanos’ na internet, acabei criando a ilusão de que possuir uma máscara, harness, coleira e etc, seriam uma exigência. Claro que hoje, já mais esclarecido, percebo que se trata mais de uma atitude do que a posse de um objeto.
Mas essa ideia de possuir a máscara é que me levou ao ponto que cheguei hoje. Depois de muitas tentativas frustradas de importar tal objeto, ou tentativas de encontra-lo no Brasil, resolvi eu mesmo fabricar o que seria a materialização do meu rosto canino.
Em um primeiro momento comprei o material mais comum e conhecido no universo do Dogplay, o neoprene. Mas foi decepcionante, pois não gostei da textura, do cheiro e nem do efeito visual sobre o corpo. Passado algum tempo e vendo a proximidade que existe entre o universo fetichista Lather e os ‘puphuman’, comecei a experimentar as inúmeras texturas de couro para construir uma possibilidade de máscara que eu me identificasse.
Modelei, colei, costurei e acabei chegando a uma solução inovadora para o mercado. A máscara que uso atualmente é um produto que cria uma simbiose com o rosto humano. Ela deixa a boca livre para as brincadeiras e comportamentos caninos como beber água na tigela ou pegar bolinhas, e também deixa o cabelo a vista permitido uma ilusão de unidade com a figura humana e deixando um espaço para que o dog receba um afago real na cabeça.
Esse modelo de máscara agradou muito os praticantes de Dogplay no Brasil e no exterior. Devido a inúmeras solicitações, acabei criando uma linha de máscaras para venda e hoje tenho a marca TUFTSQUAD que já está expandindo para produção de vários artigos em couro.
Se quiserem me conhecer melhor, podem me seguir no Instagram @rednose4you. Mas se quiserem conhecer meu trabalho artístico com produtos em couro, podem me procurar no @tuftsquad e em breve www.tuftsquad.com .
Pup
Respostas de 2
Muito orgulho desse meu dog!
Perfeito o texto.
E posso afirmar, um produto sem igual, tenho a minha e adoro ela