TIPOS DE DESEJOS PELA SERVIDÃO NO BDSM

Olá, leitores.

Cumprindo ordem do meu DONO, fui encarregado de escrever um texto conceitual sobre escravidão no contexto do BDSM e suas variações.

Quando se fala em “escravo”, claro que não um escravo como aquele que tiveram sua liberdade privada, estamos contextualizando em um contexto fetichista, portanto é um tratamento consentido e acordado entre as partes, para mim por exemplo, é uma das maiores das realizações.

Neste texto vamos abordar as os diferentes tipos de escravos no BDSM e tenho certeza de que lá no fundo você que é submisso vai se identificar com 1 ou mais possibilidades e quem sabe descobrir a alma escrava que você tem.

Antes de mais nada, precisamos definir a diferença entre submisso e escravo.

O submisso vai primeiramente atender às necessidades do DOM, porém não terá obrigações que ultrapassem o limite da sessão. Claro que de acordo com o estreitamento de relações com o Dom uma ou outra tarefa lhe é dada para que não se perca a relação Dominação/submissão.

Já o escravo é aquele que entrega o controle para o Dom, por vontade e sempre em um contexto são, saudável e consensual.  Ele está à mercê das vontades do Dom, dentro de uma relação com confiança e sabe que suas vontades são as vontades do Dom. Ele deve cumprir as ordens à risca, executar as tarefas sempre com perfeição e estar disponível para garantir o conforto e bem estar de seu Dono. A flexibilidade dar-se-á de acordo com a relação que for moldada.

Desta forma, antes de definirmos o que somos e almejamos, temos de ter consciência de que estamos dispostos para nos doar. Vale aqui um trocadilho:

“Todo escravo é submisso, mas nem todo submisso é escravo.”

Um pouco de História

A escravidão (denominada também de escravismo, escravagismo ou escravatura[1]) é a prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. Em algumas sociedades, desde os tempos mais remotos, os escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria. Os preços variavam conforme as condições físicas, habilidades profissionais, a idade, a procedência e o destino.
O dono ou comerciante pode comprar, vender, dar ou trocar por uma dívida, sem que o escravo possa exercer qualquer direito e objeção pessoal ou legal, mas isso não é regra. Não era em todas as sociedades que o escravo era visto como mercadoria: na Idade Antiga, haja vista que os escravos de Esparta, os hilotas, não podiam ser vendidos, trocados ou comprados, isto pois ele eram propriedade do Estado espartano, que podia conceder a proprietários o direito de uso de alguns hilotas; mas eles não eram propriedade particular, não eram pertencentes a alguém, o Estado que tinha poder sobre eles.

FONTE: WIKIPEDIA

A escravidão da era moderna está baseada num forte preconceito racial, segundo o qual o grupo étnico ao qual pertence o comerciante é considerado superior, embora já na Antiguidade as diferenças raciais fossem bastante exaltadas entre os povos escravizadores, principalmente quando havia fortes disparidades fenotípicas. Na antiguidade também foi comum a escravização de povos conquistados em guerras entre nações. Enquanto modo de produção, a escravidão assenta na exploração do trabalho forçado da mão de obra escrava. Os senhores alimentam os seus escravos e apropriam-se do produto restante do trabalho destes.

Na civilização grega, o trabalho escravo acontecia na mais variada sorte de funções: os escravos podiam ser domésticos, podiam trabalhar no campo, nas minas, na força policial de arqueiros da cidade, podiam ser ourives, remadores de barco, artesãos etc. Para os gregos, tanto as mulheres como os escravos não possuíam direito de voto. Muitos dos soldados do antigo Império Romano eram ex-escravos.

Não posso me esquecer de comentar sobre Os escravos de orelha furada. Alguns escravos se apegavam tanto a seus senhores que poderiam optar por voluntariamente se entregarem como escravos daqueles senhores até o final de suas vidas, sem volta para a liberdade. Como um sinal da entrega, esses escravos furavam a orelha. Escravos de orelha furada simbolizavam uma união de serviço e amor.

No BDSM, o escravo, de forma Sã, Segura e Consensual, pode exercer diversas funções. Vou falar sobre algumas delas. Se você desejar acrescentar outras não listadas, fique à vontade. Vou adorar aprender com você ou o Senhor (a).

Escravo Doméstico

É encarregado de manter o ambiente sempre limpo e organizado. Fazer faxinas pesadas, cozinhar para o Dono, lavar roupas, passar. Deve estar sempre pronto para cuidar do espaço. Este escravo também pode desempenhar a função de garçom nas festas ou eventos organizados pelo Dom.

Escravo Sexual

Esse sortudo é um entretenimento erótico. Está à disposição para ser usado sexualmente por seu Dom ou por outros Doms se for emprestado, e até por outro sub, se for a vontade do Dom. Que fique claro que em dias de AIDS é consciente que o uso de preservativo seja estritamente respeitado. E que fique claro também que nem toda sessão tem obrigatoriedade de terminar em sexo.

Escravo Social

Este bonito geralmente acompanha o Dom aos eventos. Figura nas festas. Independentemente de gostar ou não do ambiente é a função dele acompanhar.

Escravo Whipping boy

Este escravo geralmente é um masoca (masoquista). É ele quem vai aguentar dor. Seja por castigo em alguma falta cometida, seja por puro prazer do Dom em punir. Ele poderá receber spank, tortura de mamilos, tortura de genitais, tortura por velas etc. Este quando explora seus limites, descobre o prazer que é sentir dor.

Escravo Dog/ Pony

É o escravo que vai exercer a função de animal. Geralmente cachorro ou pony. Para este segundo precisa ter força, pois ele vai levar seu Dono nas costas como um cavalinho mesmo. Ambos animaizinhos vão usar acessórios que normalmente os reais usariam e vão se comportar como tal.

Escravo Objeto inanimado

Sim, existe, é fetiche, gente. Ele pode ser apoio, para os pés, cadeira, abajur, penico, mesa, manequim de loja e o que mais o Dom desejar que ele seja.

Money Slave

É o escravo que sente prazer em presentear ou ajudar financeiramente o Dom. Que fique claro que este fetiche não deve servir de exploração por algumas pessoas que se intitulam Dominadores somente para explorar o sub. Fetiche é uma coisa, exploração é outra.

Um escravo pode ter várias das características listadas acima. Na construção da relação que será discutida entre ambos deve ficar claro o interesse porque tipo de serviços o escravo prestará e como será, podendo ser uma relação D/s em partes de tempo ou numa relação 24/7 esta última de entrega total.
Aproveitem e nunca tenham vergonha de servir. Tenho certeza de que nossos DOMS terão orgulho do escravo que têm se deixarmos o escravo preso outrora dentro de nós ser liberto para vivermos o fetiche.

Espero que tenham gostado.

Até a próxima.

Autor

escravo

Particularmente adepto à dor, posso afirmar que a sensação de ser subjugado faz com que dor e prazer se misturem num coquetel para lá de saboroso e instigante em que neste momento sou apenas um objeto de prazer para àquele a quem sirvo: meu DONO.
Espero que tenham gostado.

Escravo 3 do Dom Barbudo.

RELAÇÃO 24/7

Respostas de 4

  1. Como escravo, o que você acha da opiniões de muitos que dizem que escravo não tem tesão,que e uma pessoa fria de sentimentos e que e mais fácil ser escravo e servir ao Dono sem ter direito a nada.

    1. Na minha opinião o escravo, ou o submisso ou switcher ou o Dominador, todos são parceiros de cena, portanto o jogo precisa ser satisfatório para todos.
      O desejo e o fetiches são os elementos que movem todas as práticas, sem eles nada acontece e a sessão vira uma chatice, pelo menos nas minhas estou atento ao prazer alheio.
      Abraço e obrigado pela sua participação,
      Dom Barbudo

  2. Olá, como vai tudo bem?
    Peço licença para falar.
    Vou ter minha primeira sessão no domingo, já estamos nos falando ha algum tempo mas pessoalmente será a primeira vez. Vc poderia me dar alguma dicas de como devo proceder, o que fazer?
    Desde já fica muito grato.

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