Olá, leitores, hoje vamos fazer uma viagem ao obscuro da dor. Existe mesmo quem sinta prazer em sentir dor? Você já deve ter ouvido alguém falando que fulano é masoquista porque ama sem ser correspondido, mas aqui falaremos de algo mais profundo, instigante, prazeroso: a dor física.

MASOQUISMO!!! Nosso tema da semana promete desvendar suas maiores dúvidas e trazer à tona suas maiores taras.

Um brinde à dor… AI!!!



Leopold Ritter von Sacher-Masoch (Lviv, 27 de janeiro de 1836 — 9 de março de 1895) foi um escritor e jornalista austríaco, cujo nome esteve na base da criação, pelo psiquiatra alemão Richard von Krafft-Ebing, do termo masoquismo. O termo deriva de seu nome graças ao seu romance A Vênus de Peles (1870) em que um dos personagens atinge o gozo após ser surrado pelo amante da sua esposa.

Em 1861, tornou-se apaixonou-se por Anna von Kottowitz, a esposa de um médico, que era dez anos mais velho. Eventualmente, ela deixou seu marido e filhos e foi morar com ele. O relacionamento deles tornou-se sadomasoquista; Anna dominou-o, com seu incentivo, batendo-lhe com os punhos e também usando chicotes e bétulas.

Tempos depois, Herr Leopold von Sacher-Masoch dá sua palavra de honra a Frau Pistor para se tornar seu escravo e obedecer sem reservas, por seis meses, com cada um de seus desejos e comandos. A amante (Fanny Pistor) tem o direito de punir seu escravo (Leopold von Sacher-Masoch) de qualquer forma que ela achasse que se encaixaria para todos os erros, negligência ou crimes que ferissem às ordens e funções dadas por ela.

Durante seu casamento, tendências masoquistas do Sacher-Masoch continuaram a desenvolver. Sua esposa batia nele com um “gato de nove caudas”, cravejadas de pregos. Com sua insistência, ela tomou amantes, enquanto ele também ocasionalmente procurou mulheres que pudessem ser convencidas a dominá-lo. Eventualmente, ele a deixou para Hulda Meister, a quem ele contratou como sua tradutora chefe de uma revista que ele estava a publicar.

A Vênus das Peles é a obra mais conhecida de Leopold von Sacher-Masoch. O autor teve, em vida, o projeto de publicar uma coleção de livros chamada “O Legado de Caim”, na qual trataria a condição humana na Terra. Ela é protagonizada por Severin, um jovem nobre, cujo pai possuía terras na região da Galícia (Europa Oriental); e Wanda, uma também jovem viúva que vivia em sua propriedade nos Cárpatos. A paixão entre os dois personagens se inicia com uma discussão sobre a possibilidade de efetiva felicidade das duas partes em uma relação duradoura entre homem e mulher. Wanda e Severin discutem a possibilidade de uma relação entre homem e mulher trazer efetiva felicidade para ambas as partes. Uma suposta tendência a dominação rege a discussão, frequentemente representada pela figura de um martelo que golpeia uma bigorna, acusando que no amor um necessariamente domina (o martelo) e o outro necessariamente é dominado (a bigorna). A solução para a discussão é o elemento que tornou célebre o livro de Sacher-Mascoh, Severin sugere a Wanda que seja o seu escravo, acordo que é selado com um contrato que põe a vida de Severin nas mãos de sua amada. A história é salpicada de cenas em que o personagem é amarrado e chicoteado por Wanda e, mesmo, por uma cena em que ele é posto a puxar uma arado sob chicotadas. Severin declara sentir prazer com tais experiências, durante as quais, pede que sua amante vista-se com roupas de peles de animais.


Masoquismo é uma tendência ou prática pela qual uma pessoa busca o prazer ao sentir dor ou imaginar que a sente. Em um sentido extenso pode-se considerar como masoquismo também a forma de prazer com a humilhação verbal
O termo masoquismo deriva do escritor austríaco Leopold von Sacher-Masoch, como vimos acima.

Foto: Brian Ridley and Lyle Heeter 1979 Robert Mapplethorpe 1946-1989 ARTIST ROOMS Acquired jointly with the National Galleries of Scotland through The d’Offay Donation with assistance from the National Heritage Memorial Fund and the Art Fund 2008 http://www.tate.org.uk/art/work/AR00196

A denominação masoquismo define o prazer sexual relacionado com o desejo de sentir dor no corpo, será mediante a humilhação e dominação, o termo foi descrito pelo médico alemão Krafft Ebing. Entretanto, verifica-se que em muitos casos o prazer não advém exatamente da sensação corpórea de dor, mas sim de uma situação de inferioridade perante o parceiro sexual.
Atualmente o masoquismo está incorporado às subculturas SM e BDSM, como uma forma de expressão sócio-sexual coletiva ou individual.

“Quem sente prazer em ser humilhado, degradado física e mentalmente, sabendo transformar tudo, inclusive a dor, em prazer e excitação. Os praticantes de parafilias diversas vêm de encontro a muitos padrões de comportamento. Principalmente quem curte a dor é considerado fora do padrão “normal”.
Mas é preciso saber que o corpo “avisa” através dos nervos, ao cérebro, quando a dor o atinge. Por meio de métodos ainda pouco pesquisados, já podemos alcançar explicações para o fenômeno da dor aliada ao prazer.
O masoquista-erótico sente prazer com a tortura, mas tem seus limites. Busca relacionamento não-violento, sem agressividade. É uma ternura agressiva e uma carícia violenta. Apesar de não ter dedicado grandes estudos aos que sabem transformar a dor em prazer, Freud parece ter denominado de “masoquista-erotogênico”.”
(Wilma Azevedo. Sadomasoquismo sem medo. Pag. 20.)


“Está comprovado que algumas pessoas são mais sensíveis aos estímulos dolorosos. Essa diferença
provavelmente tem explicação psicológica. A ansiedade, assim como a depressão, por exemplo, são fatores que contribuem para intensificar a dor, podendo ser até desproporcional à lesão orgânica que a causou (como uma queimadura). Sendo assim, o primeiro passo para sentir menos dor é controlar os fatores emocionais (exatamente o que se tenta fazer nos cursos de preparação para o parto “sem dor”). Importante: a dor não permanece na mesma intensidade o tempo todo após a lesão. É que o próprio corpo, por meio de um “aviso” dos nervos, libera substâncias naturais para amenizar a dor. (É o que acontece com quem está predisposto a sentir prazer e não dor.)
A produção de um hormônio no cérebro chamado endorfina reduz a dor, porque age como analgésico.(Coleção A Saúde do Homem.)
Descobriram o Ponto “P” na coluna (chamado por alguns como substância “P”) agindo como uma “porta” para deixar que o estímulo doloroso atinja o cérebro em maior ou menor quantidade. (Coleção A Saúde do Homem e Vida e Saúde, junho 94.)”
(Wilma Azevedo. Sadomasoquismo sem medo. Pag. 31.)

Segundo reportagem da Folha: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff13099808.htm, seguem alguns cuidados para a prática de sadomasoquismo:

– Quem gosta de bater, amarrar ou encapuzar precisa adotar cuidados especiais com a segurança. Jogos eróticos desse tipo trazem riscos físicos e psicológicos.

– Grupos e especialistas que lidam com o tema lembram que amarrar alguém com muita firmeza e por muitas horas pode provocar desde problemas circulatórios até desmaios ou mesmo a morte.

– Não se deve manter alguém encapuzado ou coberto por máscaras por mais de uma hora.
- Na Inglaterra, um manual enumera os cuidados que devem ser tomados pelo adeptos do S&M.
- No Brasil, entidades de homossexuais dizem que brincadeiras sadomasoquistas devem ser evitadas com estranhos. Há relatos de mortes e violências contra homossexuais cometidas quando estes estavam imobilizados.

– Oswaldo Rodrigues Júnior, em seu livro “Objetos do Desejo”, também traz uma lista de cuidados. Um deles: “As coleiras de cachorro, muito utilizadas no sadomasoquismo, devem ser usadas com certa folga no pescoço e não devem estar fixas em locais que possam causar asfixia e trazer possibilidade de enforcamento.”

– Grupos que trabalham com prevenção à Aids alertam para o risco de contágio em rituais sadomasoquistas. “Tenha cuidado com arranhões ou cortes e certifique-se que, na excitação e abandono, você não derrame sangue”, diz o “Guia Completo do Sexo Seguro”, publicado no Brasil pelo Gapa. O livro chama atenção para as perfurações e o uso de piercing.
Colocado em alguns lugares, o piercing pode facilitar a entrada de bactérias e vírus.


Qual é o limite do ser humano em relação ao sexo? Talvez esteja na fronteira que separa o jardim das delícias, de onde fomos expulsos ao morder a maçã. As fantasias não têm limites; por mais estranhas que possam parecer, sempre têm explicações. Em nossa infância encontramos fatos em que o despertar sexual marcou-nos de alguma forma, ligando as primeiras impressões que tivemos sobre sexo, para o resto de nossas vidas.

A sensível perspicácia de psicólogos e sexólogos confirma que “a mente rege o corpo”. Por isso cada um tem sua própria maneira de fantasiar e usufruir dos prazeres sexuais. Mas a sociedade é muito rígida ao julgar atos alheios, quando desejam ser “diferentes”. Desde o “pecado original” estamos condenados a seguir um padrão estipulado pela maioria. Os que ultrapassam esses limites se fazem felizes com todo direito de quem transgride as leis dos que “atiram a primeira pedra”.

Autor

escravo

Particularmente adepto à dor, posso afirmar que a sensação de ser subjugado faz com que dor e prazer se misturem num coquetel para lá de saboroso e instigante em que neste momento sou apenas um objeto de prazer para àquele a quem sirvo: meu DONO.
Espero que tenham gostado.

Escravo 3 do Dom Barbudo.

SADISMO, MASOQUISMO E SADOMASOQUISMO

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