Um termo que é muito usado em nossa comunidade, seja para identificar algo bom ou ruim, é “gatilho”. Mas você sabe o que é um gatilho e porque “ele” têm esse nome?
O termo gatilho “nasceu” dentro da psicologia, no intuito de nomear os diversos estímulos causados em uma pessoa por conta de uma lembrança que foi, de alguma forma, “despertada”. E um gatilho pode desencadear reações tanto boas quanto ruins.
Precisamos, no entanto, tomar cuidado com a banalização deste termo. Muitas vezes as pessoas dizem “ah, isso deu gatilho” quando na verdade deveriam ter dito “ah, deu tesão”, “ah, deu vontade”, “ah, mexeu comigo”. Em alguns casos ocorre até aquele misto entre medo e desejo que algumas práticas despertam. Essas sensações, essas vontades, esses desejos não são gatilhos.
Usar o termo dessa forma acaba tornando-o banal e aí tudo acaba virando gatilho, quando na verdade pouca coisa realmente é gatilho. E quando banalizamos um termo desse, a consequência é darmos menos importância quando lemos e/ou ouvimos. O risco é não identificarmos quando realmente for uma sinalização de algo ruim.
Dito isso, tenho conversado com algumas pessoas sobre este assunto e o que eu tenho visto, honestamente falando, me assusta muito. Não foram poucas as vezes em que eu conversei com um bottom e ele me disse não estar nada bem por conta de um gatilho ruim usado contra ele, de forma cruel e arbitrária. Algumas vezes usado de forma consciente pelo Top, sem qualquer preocupação.
E aí eu fico me perguntando: O que leva uma pessoa, principalmente um Top, a fazer isso com um bottom? O quanto uma pessoa pode ser cruel e sem nenhum senso de empatia e responsabilidade afetiva para “quebrar” um bottom pelo simples prazer de “quebrar”?
O “estrago” emocional e psicológico causado por um gatilho ruim não é brincadeira. Chega ao ponto de a pessoa literalmente surtar, de colapsar, de entrar em um processo destrutivo e depressivo tão grande, que em alguns casos é necessária uma internação em clínicas especializadas.
Muitas pessoas em nossa comunidade têm falado sobre este assunto de uma forma mais intensa de uns tempos para cá. E se estão falando é porque a situação está mais séria do que parece.
Sempre que eu começo a conversar mais profundamente com alguém (por haver um interesse mútuo para uma avulsa e/ou D/s), uma das primeiras coisas que eu procuro saber são quais limites e gatilhos a pessoa têm. E não apenas saber, mas sempre que possível eu procuro entender um pouco mais sobre os motivos dos gatilhos.
Por quê? Porque muitas vezes você pode disparar um gatilho de forma indireta, então conhecer o contexto daquele gatilho me faz ter uma percepção melhor do que eu posso usar/falar/fazer, sem correr o risco de dispará-lo acidentalmente ou de forma indireta. Não que não possa ocorrer, mas agindo assim, eu diminuo, e muito, as chances de acontecer.
Saber dos gatilhos de uma pessoa é extremamente importante, afinal o que fazemos não é brincadeira de criança. Agora tomar posse dessa informação e usar de forma arbitrária, para mim, é repudiante.
Mas e quanto àqueles que fazem uso disso de forma arbitrária, de forma cruel? Na minha opinião, devem ser expostos, identificados e de alguma forma denunciados, para que todos nós saibamos quem são e, assim, nos afastarmos deste tipo de gente.
AUTOR
SENHOR ASGARD
Sádico e Dominador.
A palavra que melhor me define é sem dúvida “Intensidade”.
Entre minhas paixões destacam-se a fotografia, música, literatura, cinema e tecnologia.
Sou criativo e bem-humorado, sem deixar de ser firme em minhas convicções.
Sou alguém que apesar de abraçar certos padrões, não me limito por eles, sempre consciente de que acima de qualquer rótulo está o ser.
Minhas decisões e atos são guiados por minha lógica clara e direta, porém há sempre espaço para surpreendentes improvisações.
Observador e Detalhista.
Para mim, tudo importa. E muito pouco (ou nada) passará despercebido.
Como Dominador, espero de minha submissa inteligência e proatividade.
Sou exigente e ambicioso. Jamais me contentaria com atitudes de passividade e estagnação.
Como Sádico, desejo dar sempre um passo a mais.
Sou responsável, porém audacioso. Assisto ao sofrimento com prazer. Quando esse meu lado encontra quem realmente o satisfaça, os limites são superados e o prazer ganha uma nova dimensão.
Como pessoa, sou gentil e atencioso.
Me importo pouco com as impressões alheias. Vivo a meu modo, sem máscaras, sem excessiva diplomacia. Deixo claro minhas discordâncias e desafetos. Falo com o olhar. Sou honesto comigo mesmo.
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