A eletroestimulação consiste de um mecanismo que simula o impulso nervoso, levando músculo a se contrair, sem a necessidade de um impulso gerado pelo próprio sistema nervoso (Gentil,2004).
A eletricidade vem sendo usada para fins sexuais desde 1740, sendo que em 1830 já era possível se comprar acessórios com eletrodos inseríveis, até mesmo anunciados como tratamento de impotência sexual; até que em 1920 a American Medical Association analisou tais produtos e constatou que promoviam apenas ejaculação.
Somente em 1960 que foi reconhecida a eletroestimulação erótica moderna, com a introdução do “Relax-A-Cizors” (conhecidos como unidades EMS – estimulação muscular elétrica) no mercado, onde algumas pessoas descobriram funções recreativas ao coloca lo em contato com os órgãos genitais.
Na década de 1980, as unidades elétricas TENS (estimulação elétrica transcutânia de nervos) também passaram a ser usadas para eletroestimulação erótica; até que nessa mesma década a indústria de produtos eróticos lançou finalmente os primeiros aparelho específicos para tal prática, como o Titilator e a Pleasure Box.
Atualmente encontramos uma vasta gama de produtos eróticos eletroestimulantes; contendo cinco tipos de correntes elétricas: EMS, TENS, Estimulação Muscular Russa, Estimulação Interferencial e Eletroacupuntura.
ATENÇÃO
Vale a pena ressaltar que o mal uso da eletroestimulação pode causar danos teciduais e até mesmo morte (em caso de uso próximo a cavidade toráxica em cardiopatas). Os acidentes mais comuns são os de queimadura por falha no contato do eletrodo com a superfície da pele.
Lembrando que mesmo em corrente e voltagem baixa podem interferir na função cardíaca, sendo desaconselhado na região torácica e em pessoas que possuem marca passo ou outro tipo de doenças cardíacas; a norma internacional sobre segurança básica dos estimuladores médicos de nervos e músculos recomenda “que a estimulação não seja aplicada sobre ou através da cabeça, diretamente sobre os olhos, cobrindo a boca, na frente do pescoço (especialmente o seio carotídeo), ou de eletrodos colocados no peito e na parte superior das costas ou cruzando sobre o coração “. A norma também observa que “quaisquer eletrodos com densidades de corrente superiores a 2 mA / cm² podem exigir atenção especial do operador”. Também não é recomendável para gestantes e pessoas que possuem placas metálicas no corpo.
Para uma boa eletroestimulação também é importante o uso de géis eletrocondutores, que evitam as queimaduras com altas tensões; podem ser usados lubrificantes a base de água, já lubrificantes que contenham silicone são desaconselhados por reduzir a condutividade.
Tomando os devidos cuidados, a eletroestimulação erótica é uma excelente forma de prazer, que varia de uma leve sensação de formigação na pele, passando por massagens por contração muscular até práticas masoquistas e punições.
Tornem o BDSM eletrizante!!
AUTOR
Dom Gustavo (Sereia)
Goiano do interior, médico veterinário de grandes animais e drag queen nas horas vagas, se encontrou no BDSM como dominador sádico e iniciante na arte shibari.
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