ASSÉDIO

Assédio. Todo mundo sabe o que é e, com certeza, quase todos, sejam homens ou mulheres, já passaram por algum tipo de assédio em algum momento.

O assédio, via de regra, acontece principalmente do homem para a mulher. E, infelizmente, este tipo de atitude não se restringe apenas ao universo baunilha. Tenho observado uma crescente muito grande dentro do BDSM, de pseudos dominadores posando de “veteranos”, se dizendo doms a não sei quanto tempo, mas que ao abordar uma bottom em seu privado, deixam a máscara cair e mostram ao que realmente vieram. A pessoa na verdade não é top, ou seja, de dominador não têm nada, muito pelo contrário, é apenas mais um homem misógino, machista, arrogante, achando que toda e qualquer bottom é apenas um objeto do seu desejo pessoal e egoísta, que toda mulher dentro do BDSM está procurando apenas sexo, real ou virtual.

Eu sou homem e este tipo de atitude simplesmente me enoja. Ver o quanto o BDSM têm sido usado como tática para este tipo de abordagem é repudiante. Infelizmente não há muito o que fazer, a não ser denunciar estes perfis em nossos “stories” e “feeds”, para que a comunidade como um todo saiba e conheça quem são esses tipos chamados de “Red Flags”.

A criatividade de alguns ao abordar uma bottom é impressionante. Vão desde dizer que estão no meio há X anos, que são dominadores desde que nasceram, até usar ex-esposas (vivas ou mortas) para tentar comover e, assim, conseguir algum tipo de abertura. Sem contar aqueles que depois de 2 minutos de conversa, enviam nudes e nudes, achando que isso fará alguma diferença e que a bottom cairá milagrosamente aos seus pés (ou aos seus dotes, quando eles existem).

Mas e quando o assédio parte da mulher? Sim, embora algumas pessoas possam não acreditar, as mulheres também assediam os homens e, em alguns casos, até de uma forma mais “agressiva e grosseira”. E da mesma forma, este tipo de assédio não se limita apenas ao universo baunilha.

O jogo da sedução, da conquista é algo de certa forma importante, principalmente dentro do universo BDSM, afinal são Tops e bottoms buscando seus parceiros, então é natural o flerte. Mas existem formas e formas de você jogar, seduzir, conquistar. Temos que ter maturidade e discernimento para entender que nem sempre o objeto da nossa sedução e conquista está na mesma sintonia.

Não estou dizendo aqui que você, Top ou bottom, não deva flertar, se aproximar, “sondar”, ir tateando e iniciando um possível jogo de sedução e conquista. Estou dizendo para você ficar atento aos sinais da outra pessoa em relação à sua aproximação. Alguns serão claros, outros nem tanto, mas eles sempre virão. A pior coisa é alguém se sentir desconfortável e/ou constrangido por conta de algum tipo de assédio.

Se somos adultos na hora de iniciarmos um jogo de sedução e conquista, temos que ser adultos também na hora de entender o momento de parar, de recuar, de respeitar o espaço do outro.

Quanto aos “Red Flags”, bom, esses nem é preciso repetir o que devemos fazer, não é mesmo?!

AUTOR

SENHOR ASGARD

Sádico e Dominador.

A palavra que melhor me define é sem dúvida “Intensidade”.

Entre minhas paixões destacam-se a fotografia, música, literatura, cinema e tecnologia.
Sou criativo e bem-humorado, sem deixar de ser firme em minhas convicções.

Sou alguém que apesar de abraçar certos padrões, não me limito por eles, sempre consciente de que acima de qualquer rótulo está o ser.
Minhas decisões e atos são guiados por minha lógica clara e direta, porém há sempre espaço para surpreendentes improvisações.

Observador e Detalhista.
Para mim, tudo importa. E muito pouco (ou nada) passará despercebido.

Como Dominador, espero de minha submissa inteligência e proatividade.
Sou exigente e ambicioso. Jamais me contentaria com atitudes de passividade e estagnação.

Como Sádico, desejo dar sempre um passo a mais.
Sou responsável, porém audacioso. Assisto ao sofrimento com prazer. Quando esse meu lado encontra quem realmente o satisfaça, os limites são superados e o prazer ganha uma nova dimensão.

Como pessoa, sou gentil e atencioso.
Me importo pouco com as impressões alheias. Vivo a meu modo, sem máscaras, sem excessiva diplomacia. Deixo claro minhas discordâncias e desafetos. Falo com o olhar. Sou honesto comigo mesmo.

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