Matéria publicada no Canal NSFW em 29/02/2016
NSFW: Fotógrafo documentou a relação de dois dominadores e seus submissos
fevereiro 29, 2016
Fotos por ALE RUARO
Assim como muitos aspectos do mundo do BDSM (acrônimo de “Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo”), a relação de dominação e submissão necessita ser olhada de perto para ser compreendida. Enquanto uns preferem manter o fetiche apenas em quatro paredes, outros exercem o papel de dominador ou submisso 24 horas por dia, sete dias por semana (ou 24/7 como é chamado pelos praticantes).
Fascinado com o universo secreto dos sadomasoquistas do Brasil e também “pelo lado B”, o fotógrafo veterano Ale Ruaro passou cerca de quatro anos documentando diversos praticantes da cena e, em especial, dois dominadores gays e seus muitos submissos em diversas sessões de dominação que vão muito além do sexo.
A cena brasileira BDSM muitas vezes é propositalmente mantida em segredo por seus praticantes para não atrair muito curiosos e “turistas” desavisados. Por isso, são poucos registros interessantes dos eventos que vão ao público “baunilha”. Ruaro sentiu essa ausência e quis captar com sinceridade a relação de respeito e confiança nutrida entre os dominadores e seus submissos.
Quiron e Dom Barbudo são dois personagens bastante conhecidos nos circuitos de São Paulo e toparam abrir as portas de suas casas e “masmorras” (um lugar destinado às sessões de dominação) para mostrarem como lidam com a responsabilidade e o extremo respeito envolvido no ato de afligir dor aos seus masoquistas.
“Eles levam muito a sério, e um dos meus objetivos com esse trabalho é mostrar a filosofia de vida deles. Há muito respeito ente eles, muita técnica, pois para muitas das práticas tem que ter habilidade para não machucar o submisso”, explica o fotógrafo.
O Ale Ruaro já apareceu na VICE após fotografar um carnaval dentro de um cassino do Paraguai. Ele também fez uma seleção de fotos das sessões conduzidas pelos dominadores especialmente para nós.
Vale lembrar que as fotos são explícitas e não são exatamente o que muitas pessoas chamariam de “sexo papai-e-mamãe”. E sim, elas são completamente não-seguras para ver durante o expediente.
