SPANK

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Olá, leitores, hoje vamos falar sobre um dos assuntos mais queridos no meio BDSM, o Spanking Erótico ou Punitivo, uma técnica de punição ou recompensa e prazer. Trata-se do ato de bater para a excitação sexual ou satisfação de um ou ambos envolvidos na cena.  As atividades vão desde um tapa espontâneo nas nádegas até o uso de chicotes, chinelos, vara etc.

 

Ele pode ser combinado com submissão/escravidão a fim de proporcionar o aumento da excitação e sensação de impotência para quem o recebe.

Historicamente a primeira representação de Spanking foi datada no século V A.C. no etrusca Túmulo do Chicote em que dois homens punem uma mulher eroticamente por flagelação.  (Fonte: Erotic Spanking)


O Kama Sutra mostra como praticar o spanking na parceira corretamente e detalhadamente. Muito do acervo pornográfico na era Victoriana era composto por imagens de Spanking. Foi somente no século XX que essa prática foi considerada como forma válida de sexualidade, porém não existem registros de data de  inserção dela no BDSM.

A prática

O spanking pode ser realizado à mão nua ou com luva; ou ainda com uma infinidade de instrumentos: pá, correia, escova, espanador, cinto, bastões, chinelos, chicotes etc.  Antes de iniciar a sessão o bottom deve se preocupar com a hidratação da pele para a rápida cicatrização, higienização para evitar que em caso de laceração ele possa adquirir infecções e alimentação adequada para evitar queda de pressão e desmaios dependendo da intensidade do spanking. Conheça os utensílios mais utilizados na prática de spanking:

Açoite ou Flogger


Composto de várias tiras, pode ser de couro, cordas, camurça ou outro material semelhante. São usados geralmente para o aquecimento da pele em movimentos circulares e superficiais para deixar a pele mais sensível a outros estímulos.

Varas de Cane

É uma vara de bambu ou rattan com 30 ou 60cm, São utilizados como instrumentos hard de disciplina. Deixam marcas saltadas e dolorosas na pele e, dependendo de força utilizada pelo TOP causam feridas.

Cat o’ nine tail (gato de nove caudas)

Chicote de nove tiras de couro individuais presas a um único cabo. Usado para punições severas. Marca a pele e pode causar marcas bem nítidas ou lacerações na pele.

Chibata


Peça composta de um cabo e uma haste semi-flexível. Assim como o flogger é utilizada geralmente no aquecimento para o spanking para preparar a pele.

Chicote


Peça composta de um cabo e uma longa tira de couro. Usado para cenas mais pesadas. Sensação forte de dor e pode causar lacerações na pele. Um dos mais usados é o bullwhip (chicote do Indiana Jones).

Nervo de boi

Chicote feito com o órgão genital do boi ou do cavalo depois de cortado, seco e retorcido.

Palmatória

A palmatória, por vezes também chamada férula, é um artefato geralmente de madeira formado por um círculo e uma haste. Algumas palmatórias podem conter furos no círculo, a fim de aumentar a sensação dolorosa. Os furos servem para vencer a resistência do ar e aumentar a velocidade do golpe, aumentando assim a dor e vestígio deixado na pele por cada golpe.

 

Durante o spanking, o fluxo de sangue pela pele é maior. Desta forma, há um relaxamento dos músculos e aumento significativo da excitação. Há artigos que hoje, defendem o momento em que

a dor vira prazer,

graças à liberação de endorfinas com o estímulo cerebral que inibe a dor.

“Pesquisas recentes garantem que no momento da excitação, do estímulo erótico, mais ainda no movimento do gozo, um inibidor natural de dor é desbloqueado,- provavelmente na coluna dorsal- sendo transmitido para o cérebro. Esse neurotransmissor chama-se “Substância P”. É o responsável pela transmissão de sensações dolorosas ao cérebro. Descobriram que à medida que o estímulo sexual cresce, bloqueia a transmissão na espinha. Dizem que quanto mais prazeroso esse estímulo, mais efetivo é o bloqueio.”
(Azevedo, Wilma.S.em m.edo / Wilma Azevedo. – São Paulo : Iglu, 1998. pág. 38)

O TOP (spanker) começa a prática com um aquecimento colocando o parceiro na posição que deseja e dá tapas com intervalo e intensidade mais amena para que a região a ser explorada vá tendo um fluxo maior e adquirindo a vermelhidão. Aos poucos o intervalo das palmadas fica menor e a intensidade aumenta, assim como a troca de equipamentos para a prática. A intensidade e a duração dependem do que é pré- combinado entre as partes. Por isso a importância da safeword (palavra de segurança)  para a segurança do bottom (spankee) As sensações são de ardência e baque. A ardência ocorre na parte superficial da pele enquanto que o baque é muito mais profundo. E garanto, é fantástico!!! É como se você saísse do chão e fosse ao céu.  Abaixo algumas posições: para a prática do Spanking:

 

Deitado na cama com as pernas juntas e a bunda para cima é a posição menos dolorosa. É a posição mais indicada para iniciantes.

Deitado sobre o joelho é um ponto intermediário em gravidade para receber o spanking.

Foto Ale Ruaro

Inclinando sobre um objeto faz o spanking ser mais potente. A dor é maior.

Em pé tocando os dedos do pé. Dor maior, pois quase não permite movimentação do spankee.

Foto Ale Ruaro

Regiões do Corpo

Algumas regiões do corpo também são usadas para a prática como o tapa no rosto, para isso segue um gráfico corporal que mostra onde se pode ou não praticar o Spank.

Verde: Seguro

Amarelo: Cuidado

Vermelho: Perigoso

Violeta: Nem pensar

 

Algumas considerações:
Na hora do Spanking…

Confronte: Converse e explique porque vai bater. Você deve estar calmo e exponha claramente as regras. Jamais esteja sob efeito de álcool.

Castigue: Depois de conversar é hora de bater. Esteja certo de que não está com raiva. Mostre que toda ação gera reação.

Conforte: É importante conversar depois da surra e confortar o spankee. Certifique-se de que ele entendeu que está perdoado e é amado.

Impressões do autor:


Após a sessão, o Spanker deve observar as condições do spankee, tanto físicas, quanto psicológicas. Após conversarem e perceber que nenhum desconforto psicológico e físico permanece, é comum a aplicação de pomada de arnica (meu DONO é perfeito. Ele faz isso.) para diminuir qualquer ardência e evitar hematomas. Agora que você já tem conhecimentos sobre Spanking, aproveite!!! Teste seus limites. É normal o receio, mas se for praticado com alguém experiente e de sua confiança, vai ser algo que vai te impactar de tal forma que você vai querer sempre ser punido, mesmo sem motivo.

Autor

escravo

Particularmente adepto à dor, posso afirmar que a sensação de ser subjugado faz com que dor e prazer se misturem num coquetel para lá de saboroso e instigante em que neste momento sou apenas um objeto de prazer para àquele a quem sirvo: meu DONO.
Espero que tenham gostado.

Escravo 3 do Dom Barbudo.

VÍDEO 051 – SPANK – VILA ITORORÓ – FILME 3

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10 comments

  1. Submisso X 16 julho, 2017 at 22:59 Reply

    Só de ler esse texto, já fico com vontade de receber aquele spank bem dado do DB. Além de ficar com muito tesão, aprendi muito lendo esse material… agora preciso colocar em prática, recebendo na pele (e na minha bundinha de sub) tudo aquilo que está descrito

  2. Bragantino 14 agosto, 2017 at 17:00 Reply

    Olá, tenho 31 anos, conheci cara na Net que v em.casa amanhã para.ser.meu escravo.. nunca tive um e nem imaginava ter. Nem sabia do BSDM, mas estou super afim.. estou estudando sobre isso. Amanhã conto minha experiência. Abraço galera. Parabéns Dom.

  3. Mandame Tauriel 14 fevereiro, 2018 at 10:10 Reply

    Um material muito bom para o estudo. Por ser dinâmica a leitura temos algo de muito mais fácil entendimento, gostei muito das dicas de instrumentos também… Em breve terei experiencias reais e isso aqui me ajudou bastante ajudou entender um pouco mais, agora é hora de praticar!

  4. Valmir 21 julho, 2020 at 01:06 Reply

    Olá Dom Barbudo;

    Me chamo Valmir (Mr. Grey), sou biólogo de coração e adepto ao Bdsm. Desde cedo, sempre que via filmes de escravos sendo chicoteados, ao mesmo tempo me dava tristeza e também certa excitação! Descobri que sou sadomasoquista mais masoq que sádico… desde uns 15 anos, hoje tenho 48 enxutão-malhado, só que não dividia com ninguém. Moro em Recife-PE e gostaria de saber como faço para algum dia conhecer seu estúdio 57 ? Morei um tempo na Alemanha, onde fui escravo de Frau Euga(sádica alemã em bdsm), mas infelizmente, ela morreu e nunca mais encontrei ninguém parecido(a).
    Sou e sempre fui hétero mas curtiria com H desde que fosse respeitoso e sincero! Ah, gostei muito do seu site e olha que já visitei Sr. Verdugo entre outros. Parabéns e obrigado pelo o espaço.

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